Cotidiano

Carnaval movimenta pouco o comércio local

Lojistas esperam que clientes procurem acessórios e fantasias em última hora para não saírem totalmente no prejuízo

As máscaras coloridas e as fantasias tentam chamar atenção nas vitrines das lojas, mas o ritmo de carnaval parece não ter contagiado o comércio local. São poucos os estabelecimentos que estão vendendo acessórios e roupas para a data festiva e o movimento ainda não está como se esperava.

Parte da explicação para isso está justamente na falta de opções para brincar o carnaval, principalmente com a recomendação do Ministério Público de Roraima (MPRR) para o imediato cancelamento da 16ª edição do Micaraima, em Pacaraima. Além da insegurança e deficiência dos serviços públicos, como na saúde e educação, a Promotoria de Justiça da Comarca do município entendeu que a festa representaria um gasto público alto.

Em Boa Vista, a maior concentração para encontrar os adereços está no Centro da cidade. Em uma delas, há opções de tiaras, fantasias, máscaras e enorme variedade de sacos com purpurina. A partir de R$ 5, já é possível encontrar um acessório para compor os trajes para a festa.

Miriam Reis, gerente de uma loja, alegou que não chegou a contar com o Micaraima para fazer os pedidos das mercadorias, mas que a procura até o momento está sendo boa, porém, no ano passado, o movimento foi melhor.

“Vamos abrir na segunda-feira, 4, porque tem muita gente que deixa para última hora, mas não criamos muita expectativa em relação às vendas”, disse.

Um pouco distante dali, a falta de divulgação de blocos de carnaval e também a informação do cancelamento da festa em Pacaraima impactou um pouco nas vendas da loja que Nadja Alvez gerencia. Ela ressaltou ainda que a crise financeira estadual também foi determinante para que a procura fosse um pouco menor.

“Está devagar e isso é visível para todo mundo. Nos planejamos com a mesma quantidade do ano passado, só que temos que entender a situação como está. Estamos esperando ainda para que chegue no dia e melhore um pouco porque o brasileiro passa aperto, mas no final consegue resolver e faz a festa”, comemorou.

Já na Feira dos Buritis, localizada no bairro de mesmo nome, as máscaras estão apenas nas manequins de lojas de roupas e nas vitrines. Assim como na Avenida Ataíde Teive, em que são quase nulas as opções para compra de acessórios ou fantasias carnavalescas.