A Cáritas Brasileira retomou nesta segunda-feira, 30 de junho, as atividades do projeto “Orinoco – Água, Saneamento e Higiene (WASH)” em Roraima, com a reativação da instalação localizada ao lado do Posto de Recepção e Acolhimento (PRA), nas proximidades da rodoviária de Boa Vista. O espaço, que estava fechado desde fevereiro, é destinado ao atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente migrantes e pessoas em situação de rua.
Com estrutura que inclui banheiros, duchas, lavatórios, lavanderia e espaço para amamentação, o local tem como objetivo garantir condições básicas de higiene e promover a dignidade humana. A retomada faz parte da nova fase do projeto, financiado com apoio de organismos nacionais e internacionais, e é fruto de articulações com o governo federal, parceiros sociais e da campanha “A Sua Doação Promove Direitos”.
De acordo com a organização, nos últimos três meses em que esteve em funcionamento, entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, o espaço contabilizou mais de 47 mil acessos, com atendimento a cerca de 4 mil pessoas. Agora, a expectativa é ampliar esse alcance com a retomada também das instalações mantidas em Pacaraima.
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As ações do projeto incluem iniciativas sustentáveis, como o uso de energia solar e captação de água da chuva, além de atividades educativas voltadas à promoção de práticas de higiene e saúde pública. O objetivo, segundo a entidade, é oferecer apoio humanitário com soluções adequadas à realidade da população atendida.
“A retomada do projeto reafirma o compromisso da Cáritas com a promoção da dignidade e dos direitos das pessoas migrantes e em situação de vulnerabilidade”, destacou Valquíria Lima, diretora executiva da Cáritas Brasileira. A coordenadora colegiada da entidade, Indi Gouveia, acrescenta que o foco é oferecer mais do que infraestrutura: “É um cuidado com as pessoas e com o meio ambiente, com ações educativas e de prevenção”.
A Cáritas Brasileira atua há anos em Roraima em parceria com organizações locais e internacionais no apoio a migrantes, especialmente venezuelanos, e busca garantir o acolhimento e a proteção básica no processo de chegada e adaptação ao Brasil.