Cotidiano

Calor faz aumentar vendas de centrais de ar e ventiladores

“Que calor!” é a frase que mais tem se ouvido dos roraimenses nos últimos dias. Para fugir do tormento, muitas pessoas têm procurado por centrais de ar e ventiladores, conforme informam alguns vendedores.

Um desses consumidores foi o psicólogo Roberto Santos, que mesmo tentando diminuir o uso constante da central de ar, não viu outra maneira e resolveu adquirir uma para amenizar o calor. 

“Roraima está passando por uma fase muito quente, não me lembro de tanto calor nessa época do ano e por essa razão tem ficado difícil não estar num ambiente climatizado”, relatou.

O psicólogo entende que o equipamento não é visto como um luxo e, sim, uma necessidade. “Se fosse apenas pela vontade, o aparelho ficaria ligado sempre que estou em casa, mas temos que tentar economizar também na energia, pois quando a conta chega vai o nosso salário quase todo”, criticou.

Em uma loja especializada em refrigeração, as vendas de centrais de ar tiveram um aumento de 15% a 20% nos últimos tempos. O gerente João Rocha destacou que os clientes têm procurado também fazer um investimento maior nos equipamentos sustentáveis e de baixo consumo, justamente para compensar o uso mais frequente nos tempos de calor.

Rocha explicou que um dos modelos de centrais de ar que vende chega a 60% de economia de energia e que a fábrica onde compra os equipamentos, no Amazonas, teve crescimento por causa do mercado de pessoas que optam por esse tipo de conforto. 

“Veio ‘embarque’ semana passada de máquinas de tamanhos maiores, de 60 mil BTUs, e todas econômicas. Mas, por enquanto, o carro-chefe é a central usada em residências e escritórios, embora as vendas das usadas em lojas também tenham crescido”, disse.

A demanda tem aumentado ao ponto do empresário já estar aguardando um novo contêiner chegar com mais equipamentos. 

“Não é somente ‘privilégio’ de Boa Vista. O País inteiro está aquecido e as pessoas procuram pelo sustentável. É um pouco mais cara, só que em cinco anos, com a economia, já vai ter pagado a máquina e poder comprar outra”, analisou. 

Em relação aos ventiladores, por ser um bem mais barato, a procura tem sido diária em uma loja de equipamentos domésticos no Centro da cidade. O gerente Jonnathan Cordeiro percebeu o aumento da demanda nos últimos dois meses, mas afirmou que só será possível determinar quanto teve de crescimento no fim de março.

GELO E ÁGUA – Para tentar se refrescar de uma forma mais natural, há uma procura também por gelo e água nas distribuidoras de Boa Vista. Até o momento, está sendo possível suprir a demanda.

Darlene Oliveira, gerente de uma distribuidora, destacou que a procura só tende a aumentar mais em épocas festivas. Com a aproximação da Semana Santa, já se espera por um aumento nas vendas. O preço cobrado em cada saca para o revendedor é de R$ 12 e chega até R$ 18 para o consumidor nessas épocas. 

No bairro Jardim Floresta, o preço do quilo do gelo é de R$ 4 em um balde pequeno e chegam até R$ 14 os 50 quilos. A água ainda está em estoque, mas em alguns pontos comerciais, já é possível sentir falta do produto devido à alta procura.