
A economia mundial está destinada a continuar seu trajeto ascendente em 2024, embora num ritmo mais moderado em comparação ao ano anterior, e a mesma tendência é projetada para o Brasil. Essa análise é da Coface, líder global em seguro de crédito, especializada em análise e avaliação de risco, cujos dados foram apresentados durante o webinar “CRC: imersão profunda na América Latina”.
Aumento no Pib
De acordo com a empresa, o Produto Interno Bruto (PIB) global deve registrar um crescimento de 2,4% este ano, após marcar 2,6% em 2023 e 3,1% em 2022. Essa trajetória também se aplica ao Brasil, que deverá expandir-se em 1,7% em 2024, em comparação com 2,9% em 2023 e 3,0% em 2022.
Considerando toda a América Latina, o cenário é semelhante, com um crescimento médio de 1,6% em 2024, após registrar 2,2% no ano anterior e 3,6% em 2022. Destaca-se, nas estimativas da Coface, o ritmo mais lento de crescimento do PIB no continente, com a Argentina projetando um recuo de 2,5% este ano, após uma queda de 1,8% em 2023 e um crescimento de 5,0% em 2022.
Inflação
No que diz respeito à inflação, a Coface observa uma tendência de queda moderada em quase todo o mundo, mas alerta que é necessário manter uma atenção especial aos preços, pois “o último quilômetro é sempre o mais difícil”. Isso implica estar atento a fatores como as tensões no Mar Vermelho, que representam uma ameaça às cadeias de abastecimento, e à incerteza em relação ao timing e à magnitude das mudanças na política monetária, como a redução das taxas de juros.
Insolvência das empresas
Outro aspecto destacado no estudo é o nível de insolvência das empresas, que tende a permanecer elevado, inclusive no Brasil, onde o número de pedidos de recuperação judicial aumentou significativamente em 2023 e continuou alto no início de 2024, com um aumento de 60% em relação ao ano anterior.
Apesar dessas incertezas, a tendência geral na América Latina é de queda da inflação, prevê a Coface. No Brasil, espera-se que o índice seja de 3,8% no final deste ano, em comparação com 4,6% em 2023. Entretanto, a Argentina é a exceção, onde os preços continuam a subir neste início de ano.
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