Cotidiano

Boa Vista é classificada como de alto risco para dengue e zika

Capital apresentou, em janeiro, índice de 4,4% de infestação do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika

Boa Vista foi classificada como sendo de alto risco de transmissão de dengue, chikungunya e zika, com índice de 4,4%, conforme aponta o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de janeiro deste ano, que vistoria propriedades em cidades brasileiras.

O Ministério da Saúde considera satisfatório o índice abaixo de 1% e de alerta quando está entre 1 e 3,9%. Há risco de surto quando a porcentagem alcança ou supera os 4%. No ano passado, 473 casos de dengue foram notificados em Boa Vista, 150 de chikungunya e 223 de zika, todos com redução em comparação a 2015.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou, por meio de nota, que no mês de janeiro quatro imóveis foram notificados na Capital por estarem com criadouros de mosquitos. As larvas estavam no quintal, dentro de objetos de plástico, garrafas e descartes de construção.

Dois prédios são do bairro Cauamé, na zona Oeste, e seus donos já recolheram os materiais. Outro fica localizado no bairro Alvorada, na zona oeste, e foi dado um prazo pela secretaria para que o lugar seja limpo. O quarto imóvel fica no bairro Mecejana, zona Oeste, e até o momento não foi resolvida a sua situação.  

TERRENOS BALDIOS – Outros vilões no combate ao mosquito Aedes aegypti são os terrenos baldios. Mensalmente, 500 deles são notificados pela Secretaria Municipal de Economia, Planejamento e Finanças. Os proprietários têm 15 dias para retirar os criadouros, caso contrário, pagam multa de R$ 560,00.

A Semsa afirmou que 60% deles fazem a limpeza antes de precisarem pagar a taxa. “De acordo com o Código de Postura do Município, a limpeza de terrenos baldios é de responsabilidade do proprietário e deve ser feita pelo menos três vezes ao ano”, destacou.

Prefeitura afirma que promove fiscalizações e ações educativas

As latinhas e embalagens dentro das sacolas de lixo e os bebedouros de animais concentram a maioria das larvas de Aedes aegypti encontradas pelos agentes de endemias. O supervisor geral de campo do setor I, Washington Alves, disse que há pessoas conscientes, mas muitas alegam estarem ocupadas com a rotina, esperando pela visita a cada 45 dias dos agentes ou trocando o lixo uma vez por semana. Porém, o ciclo de vida do mosquito dura em torno de seis dias.

Trabalhando em período integral e cada um visitando no mínimo 25 imóveis diariamente, os agentes de endemia se dividem em quatro setores: um no Centro, um nos bairros próximos ao Caranã, outro próximo ao bairro Senador Hélio Campos, e o quarto deles próximo ao bairro Raiar do Sol, todos na zona Oeste da Capital.

Antes de começarem cada expediente, eles convidam os moradores do entorno para visitarem os postos de saúde e assistirem a vídeos educativos sobre seu trabalho e a importância de combater os mosquitos. Todo esse trabalho, segundo Washington Alves, tem a finalidade de familiarizar a população com os agentes de endemias e reforçar a precaução com os criadouros.

“Acontece de as pessoas temerem nos deixar entrar nas residências. Então, as trazemos aqui e informamos também que, se elas desconfiarem de alguém, podem confirmar nossos nomes no 3324-1023, que é o telefone da Coordenação de Endemias”, orientou.

A Central de Atendimento 156 recebe denúncias sobre lixo em locais impróprios e de terrenos baldios. O telefone é da Secretaria Municipal de Economia, Planejamento e Finanças, localizada na Rua Coronel Pinto, Nº 188, Centro. (NW)

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