Nos últimos seis meses, o roubo de 1.247 celulares em Roraima foi registrado em Distritos Policiais. Destes, mais da metade foi por assalto à mão armada. Em meio a tantos casos, é fundamental que haja o bloqueio dos serviços do telefone para comunicação e isso pode ser feito nas próprias delegacias, na hora de registrar a ocorrência.
O serviço está disponível nas delegacias desde o ano passado, entretanto, ainda é desconhecido por boa parte da população. De acordo com o agente de polícia e chefe da Divisão de Busca Eletrônica do Departamento de Inteligência da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), Francisco Moraes, para requisitar o bloqueio, os dados fundamentais são o Certificado de Pessoa Física (CPF) do comprador do aparelho e a Identificação Internacional de Equipamento Móvel (IMEI).
“Você pode conseguir identificar o IMEI na nota fiscal, na caixa do aparelho ou dá para saber qual é ligando *#06#. Se o celular for de segundo dono, terá que ser o CPF do primeiro proprietário, pois foi ele que desbloqueou o celular e chip com a identificação dele. O serviço que oferecemos é para fins de bloqueio do aparelho e não somente do chip”, explicou.
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O agente de polícia afirmou que o serviço é gratuito e pode ser revertido no caso do aparelho ser recuperado. Além disso, bloquear ele é um ato que pode dificultar a comunicação entre membros de facções, uma vez que a maior parte dos telefones roubados em Roraima acabam parando em presídios.
“Mesmo que não haja uma esperança de recuperar o celular, bloquear o aparelho faz com que o celular fique impossibilitado de ser usado, contribuindo com o crime organizado. Posso dizer que entre 60% a 70% dos aparelhos roubados são levados para presídios. Então, até se você achar que não vai encontrar ele pelo menos daria para contribuir no combate a comunicação dentro de facções”, pediu.
Francisco frisou que é importante a divulgação do serviço, principalmente por haver a oportunidade de usar a ferramenta como combate ao crime organizado e que pode poupar tempo de muitos que costumam ir até lojas de operadoras pedir por bloqueio de chip.
“Nós temos bons resultados sobre o número de vezes que um celular foi levado, principalmente por causa de assaltos. E esse serviço é pouco conhecido entre as pessoas. Acreditamos que com uma divulgação massiva é possível ajudar de forma mais rápida muitos dos que são assaltados e furtados. Afinal, isso poupa a vítima de ir até a loja da operadora depois do registro de B.O. É simples e facilita muito toda a burocracia”, finalizou. (P.B)
