O Banco da Amazônia (Basa) liberou, desde julho, quando foi lançado o Plano Safra 2016, aproximadamente R$ 4 milhões em financiamentos para investimentos no agronegócio em Roraima. Para pequenos produtores rurais do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) já foram aplicados R$ 170 mil. São cerca R$ 50 milhões, sendo R$ 10 milhões para o Pronaf e R$ 40 milhões, para o setor rural de forma geral, disponíveis até junho de 2017, com juros anuais abaixo da taxa básica, a Selic, que hoje é de 14,25%.
O montante negociado até agora representa uma média de R$ 2 milhões ao mês, com juros anuais de 8,82% para custeio e 7,65% para investimentos. Para os produtores da agricultura familiar, os juros giram em torno de 5%. Segundo o gerente-geral interino do Basa, João Ximenes, para estes produtores já está aprovado, para a primeira quinzena de setembro, o valor de R$ 600 mil. Ele explicou que o produtor que se enquadra no Pronaf possui propriedade com até 320 hectares, entre outras características.
Esses investimentos, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), de acordo com Ximenes, concede 15% de abatimento sobre a taxa de juros mediante pagamento em dia. “É benéfico porque a taxa de 8,82%, por exemplo, cai para em torno de 7,20%. É uma forma de incentivar o produtor a investir e gerar desenvolvimento econômico”, informou.
“Muitos agricultores têm nos procurado e o Basa pode alocar mais recursos caso o valor de R$ 50 milhões seja ultrapassado”, garantiu o gerente. Disse que um dos entraves para novas negociações é o alto índice de inadimplência que este ano atinge 10,39%, enquanto no ano passado a taxa era de 8,83%.
“Esse alto índice trava as novas negociações de produtores que nunca obtiveram o crédito, sendo possível a liberação somente para aqueles que já fizeram e liquidaram o financiamento”, disse Ximenes. Mesmo com esse impedimento, o banco está conseguindo, através de outros meios, disponibilizar financiamentos para estes agricultores do Pronaf”, informou o gerente.
De acordo com ele, o Basa pretende discutir com a Secretaria de Agricultura Pecuária e Abastecimento (Seapa), maneiras de renegociação de acordo com cada situação. “Existem produtores que estão com dificuldades ainda decorrentes da seca que houve no Estado, que prejudicou a produção. Existem fatores externos e individuais, mas para cada problema, o banco consegue uma solução”, afirmou. (A.D)