Cotidiano

Autônoma une cultivo de plantas ornamentais e produção de vasos

Aproveitando a habilidade do marido para produzir ornamentos para jardins e vasos, autônoma decidiu cultivar plantas

A venda de plantas ornamentais e de flores é um dos mais novos, dinâmicos e promissores segmentos da agricultura brasileira. Em Roraima, famílias inteiras abriram mão do emprego tradicional, com carteira assinada, para se dedicar a este mercado que propõe melhor qualidade de vida, bem-estar e reaproximação com a natureza.

O segmento está tão em evidência em Boa Vista que dona Aurenir Oliveira, de 50 anos, não perdeu tempo. Ela planta no bairro Cidade Satélite, zona Oeste, e vende as mudas em sua loja, na Avenida Carlos Pereira de Melo, no bairro Jardim Floresta, também na zona Oeste.

A autônoma também vende ornamentos para jardim, vasos e jarros de cimento produzidos pelo marido. “As plantas eu comecei a vender em outubro do ano passado, mas as peças artesanais nós vendemos há 20 anos. Só fizemos expandir os negócios, com a venda das plantas”, observou a empreendedora.

A palmeira Fênix é a mais procurada. Por mês, a autônoma vende até quatro pés a R$ 70,00, cada. Mas há plantas ornamentais que variam de preço e custam de R$ 30,00 a R$ 50,00. O preço dos vasos e jarros fica entre R$ 25,00 e R$ 50,00. Alguns têm forma de pássaros e de outros animais. São vendidos até 15 vasos por mês. A agricultora também vende terra preta preparada com adubo.

“Estava desempregada e apenas cuidava do lar, mas percebi que a venda de plantas ornamentais poderia me ajudar financeiramente. Então, aproveitei a oportunidade e investi o pouco que tinha. Hoje o que ganho dá para sobreviver. O bom é que ainda mantenho contato todos os dias com a natureza”, frisou Aurenir Oliveira. (AJ)

Floricultura movimenta R$ 6 bi no Brasil

A floricultura comercial brasileira, que abrange as plantas ornamentais, cresce em média 10% ao ano nas quantidades ofertadas e 15% ao ano em valor de vendas. Em 2016, este mercado movimentou R$ 6 bilhões, com taxa de crescimento de 10% em relação ao faturamento total auferido no ano anterior.

O destaque ficou por conta das plantas e flores tropicais, que precisam de menos água, e isso foi vantagem no ano passado, período em que a seca na região amazônica prejudicou a produção. O Brasil é o terceiro maior produtor e segundo maior exportador mundial do setor, e tem aproximadamente oito mil produtores. (AJ)