Cotidiano

Atendimentos diários de Yanomami caem e número de altas aumenta

Total de casos atendidos em um único dia saiu de 100 para dois a quatro. Hospital de campanha da Força Aérea está instalado ao lado da Casai Yanomami.

O número de atendimentos diários de indígenas Yanomami apresenta queda após dois meses de funcionamento do Hospital de Campanha (HCAMP) da Força Aérea Brasileira (FAB), na Casa de Saúde Indígena (Casai) Y, em Boa Vista.

Conforme a FAB, até este sábado (25), a unidade atingiu a marca de 1.733 atendimentos a indígenas desde sua instalação. As principais demandas são em pediatria, com mais de 601 atendimentos realizados, seguidos de clínica médica (171) e ginecologia (148), além de 271 exames laboratoriais.

“Acreditamos que chegamos em um momento que esse número de atendimentos foi caindo, principalmente aqueles com mais gravidade. Já batemos 100 atendimentos ao dia e hoje o número é bem baixo, em torno de dois a quatro diariamente e, certamente, o número de transferências diminuiu bastante. Nosso maior número de atendimentos foi com a pediatria, atendimento básico à saúde, higienização, nutrição e orientação quanto à alimentação. Fizemos atendimento diário e acredito que hoje estamos estabilizados dentro da CASAI”, afirma o comandante do HCAMP, major médico Aluizio Paiva Gonçalves

Atendimento integrado

Conforme a nutricionista da Casai-Y, Karla Renata Gavazza, os principais desafios enfrentados na nutrição voltada para a saúde indígena, foram as particularidades, o idioma, a identificação da idade das crianças e o estado de desnutrição de cada uma. A equipe passou a seguir a tabela da Organização Mundial da Saúde (OMS), quanto ao peso e estatura.

“Tivemos um mutirão de reavaliação dessas crianças para possíveis altas. O mais importante é essa ação conjunta. Elas recebem alta, mas a gente sempre pede para a pediatria do HCAMP fazer uma avaliação, para que essa criança volte segura para sua comunidade. Assim, a alta é feita de forma conjunta”, destacou a nutricionista.

Até o momento, já foram transportadas 16.392 cestas básicas para comunidades da Terra Indígena Yanomami. A Operação também tem prestado apoio aéreo logístico à Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS), do Ministério da Saúde, por meio de transporte de pessoal e de material para atender seis comunidades indígenas na região Yanomami.