Cotidiano

Associação denuncia transferência de médica que atende pacientes com AIDS

Sesau afirmou que com a mudança da médica, os trabalhos de apoio ao paciente com HIV/Aids não foram impactados

A Associação de Bem com a Vida, que atua como referência no campo do atendimento as pessoas vivendo e convivendo com HIV/AIDS em Roraima, publicou uma carta aberta a população de Roraima, repudiando e solicitando providências diante da retirada, de forma arbitrária e injusta, da médica Cassandra Mangabeira do quadro de infectologistas do Serviço de Atendimento Especializado – SAE.

A médica teria sido transferida da unidade do Coronel Mota onde atendia cerca de 600 pacientes para a penitenciária agrícola de monte cristo. Segundo a entidade, a médica é uma importante figura na construção do serviço de atendimento as pessoas vivendo com HIV/AIDS, sendo referência em atendimento médico durante seus mais de 20 anos de atuação, com aproximadamente 600 pacientes em tratamento antirretroviral e acompanhamento clínico.

“Estamos expondo nossa indignação e repúdio ao ato , uma vez que o mesmo deixou centenas de pacientes desassistidos, além de reduzir o quadro médico do Serviço de Atendimento Especializado – SAE, que já funciona com corpo técnico reduzido. É uma perda irreparável de uma
exímia profissional, que sempre atuou com ética e zelo por seus pacientes”.

Na carta, a entidade pediu a revisão da retirada da médica, pois a perda do vínculo médico-paciente em tratamento contra a AIDS acarreta o abandono de tratamento, provocando graves consequências, tanto individualmente como coletivamente.

Outro Lado

A reportagem da Folha entrou em contato com a secretaria estadual de saúde que esclareceu que remanejamento de profissionais que atuam nas unidades de saúde do Estado é feito sempre visando atender às necessidades da Administração Pública.

“No caso do Serviço de Atendimento Especializado, os trabalhos de apoio ao paciente com HIV/Aids não foram impactados, uma vez que a unidade conta com o suporte de cinco médicos infectologistas e dois clínicos gerais” disse a Sesau em nota à Folha