Cotidiano

Aprovados no concurso da PCRR realizam nova manifestação

A mobilização reivindica o cumprimento das regras estabelecidas pelo edital do concurso e critica a hipótese de suspensão do certame

Os aprovados no concurso público da Polícia Civil realizam manifestação novamente nesta quinta-feira (25), em frente ao Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), contra a suspensão do certame após ação civil pública. A mobilização, que inicia a partir das 17h, também reivindica o cumprimento das regras estabelecidas pelo edital PCRR/Segad, de 31 de março de 2022.

Ontem  (24), o MP protocolou a ACP pedindo a suspensão do concurso e a reclassificação dos candidatos inscritos na seleção para as carreiras de odonto-legista, perito criminal (várias especialidades/áreas), escrivão, agente e perito papiloscopista mediante somatória das notas atribuídas nas provas objetiva e discursiva. Segundo o documento, denúncias foram realizadas ao Órgão e, após investigações, foram constatadas desproporcionalidades no edital.

Conforme os aprovados, o concurso está no estágio de investigação social, última etapa da primeira fase, e uma reclassificação prejudicaria mais de 100 candidatos. “Desde o início todos estavam cientes que para prosseguir para o exame médico e psicotécnico, seriam consideradas as 90 melhores notas da prova discursiva. A somatória das provas objetivas e discursivas só será feita após a conclusão da primeira etapa do concurso. E esta ainda não finalizou”, explica uma das classificadas, Simone Chacon.

Ainda de acordo com eles, o parecer do MP não considera os valores já investidos pelos candidatos, como a realização de exames médicos, deslocamentos para as etapas do TAF, exame psicotécnico e os gastos com certidões para a investigação social. “Nós que moramos em Roraima gastamos mais de 3 mil reais com exames e demais fases. Há candidatos que vieram de outros estados e gastaram ainda mais, inclusive com passagens aéreas. É injusto mudar o edital a essa altura do campeonato. Edital este que não há incongruências”, disse.

Os aprovados reforçaram que o edital prevê, desde sua publicação, que para a classificação não bastava apenas obter 60 pontos na prova objetiva e 70 pontos na somatória com a discursiva. Para prosseguir para as demais etapas do concurso, como teste de aptidão física (TAF), exames médicos, psicotécnico e investigação social, seriam consideradas as 90 melhores notas da prova discursiva dentro do número de classificados, respeitando os casos de empate na última posição.

“Item 22. alínea o. Será considerado habilitado o candidato que obtiver nota final igual ou superior a 90 (noventa) pontos, na somatória das notas das provas objetivas e discursiva. […] Item 23. alínea a. Serão convocados para os exames psicotécnicos (avaliação psicológica) os candidatos habilitados e não excluídos na Prova Discursiva, até 03 (três) vezes a quantidade de vagas ofertadas, respeitados os empates na última colocação, observada a listagem geral e a listagem das vagas reservadas aos candidatos que se declararam com deficiência”, diz o edital.