Cotidiano

Aeronaves e ‘oficina’ são destruídas em ação contra garimpo

Destruição ocorreu nesta quinta-feira (4), pela Operação Libertação. Ninguém foi preso.

Três aeronaves que dariam suporte ao garimpo foram destruídas durante fiscalização em pistas clandestinas próximas da Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A ação foi divulgada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (5).

Além das aeronaves, também foi destruída uma oficina localizada na mata, que realizaria manutenção dos aviões. Também foram apreendidos combustíveis.

A ação ocorreu pela Operação Libertação, que ocorre em parceria entre PF e IBAMA. Nesta semana, também foram destruídos acampamentos, combustíveis e maquinário encontrados na TIY, em locais que ainda possuem garimpos em atividade. 

A PF informou ter realizado também diligências relacionadas aos conflitos entre indígenas e invasores. Ao todo, treze pessoas morreram. A primeira morte foi do agente de saúde, Ilson Xirixana, seguida da morte de quatro atiradores que entraram em confronto com a Polícia Rodoviária Federal, e por último, foram encontrados oito corpos na região próxima onde o indígena foi baleado ao lado de outros dois, na comunidade Uxiú.

Ainda conforme a PF, no mês de abril deste ano, houve uma redução de 96,6% nos alertas originados de imagens de satélite que acompanham as atividades de garimpo ilegal na TIY, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em abril de 2022, foram registrados 444 alertas e, neste ano de 2023, apenas 18 para o mesmo período.

No momento, mais de 70 procedimentos investigativos estão em apuração sobre o envolvimento de centenas de suspeitos com a cadeia produtiva criminosa que opera na região, inclusive de membros de facções e de grandes grupos econômicos. Operações realizadas nos três primeiros meses desse ano resultaram no bloqueio ou apreensão de mais de R$ 138 milhões.

“As ações de combate ao crime na Terra Indígena Yanomami serão permanentes e ajustadas conforme a dinâmica dos ilícitos que forem identificados na região, com o objetivo de assegurar a preservação do meio ambiente e a segurança dos respectivos povos originários contra a atuação do decrescente número de criminosos que ainda atuam na área”, diz a PF em nota.