Em alusão aos 35 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) promoveu, na última sexta-feira, 11, uma ação voltada à ampliação do acesso à cultura e à leitura para adolescentes que cumprem medidas socioeducativas. A atividade incluiu uma visita guiada ao Museu Integrado de Roraima e à Biblioteca Pública Estadual, ambos localizados em Boa Vista.
Participaram da ação adolescentes do Centro Socioeducativo Homero de Souza Cruz Filho (CSE), acompanhados por servidores e técnicos das instituições envolvidas. A proposta foi oferecer, durante o recesso escolar, uma experiência educativa e cultural.
A iniciativa faz parte do projeto Leitura Abre Portas, desenvolvido pelo TJRR em parceria com a Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) e executado no Sistema Socioeducativo de Roraima. Para essa edição, o projeto contou também com o apoio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult).
Durante a visita ao Museu Integrado, os jovens tiveram acesso a exposições sobre a história e a identidade de Roraima. Na Biblioteca Pública Estadual, os participantes conheceram o funcionamento do acervo, a história da instituição e participaram de uma roda de contos inspirada na obra Mil e Uma Noites, que reúne histórias populares do Oriente Médio e do Sul da Ásia.
Ao final da visita, cada adolescente recebeu livros doados pela biblioteca, como forma de incentivo à leitura.
Para o diretor do CSE, Genildo Pedro da Silva, a ação representa uma oportunidade de aprendizado e aproximação com espaços culturais que, muitas vezes, estão fora do alcance desses jovens.
“Durante o cumprimento das medidas, eles têm poucas chances de conhecer pontos turísticos e locais de relevância cultural. As férias escolares nos permitem desenvolver atividades como essa, que contribuem para a formação pessoal e social dos adolescentes”, ressaltou.
Instituído pela Lei nº 8.069/1990, o ECA garante o acesso de crianças e adolescentes à educação, à cultura e ao lazer como direitos fundamentais. Aos 35 anos, o Estatuto segue sendo um marco legal essencial na proteção integral e na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.