Cotidiano

Aderr prorroga prazo para entrega de declaração de vacinação

Pecuaristas que ainda não entregaram comprovante podem fazer a atualização até o dia 23 sem que entre na lista de inadimplentes

Após o encerramento da campanha de vacinação contra a febre aftosa, os pecuaristas que ainda não entregaram a Declaração de Vacinação terão até a sexta-feira, 23, para se regularizarem junto à Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr). O prazo foi prorrogado por conta do feriado da Proclamação da República e de outras datas comemorativas que poderiam atrasar na entrega do documento.

Segundo o diretor de Defesa Animal da Aderr, Vicente Barreto, já foram entregues 77% das notificações em todo estado, avaliada como uma meta dentro do esperado, mas que muitos acabam deixando para resolver na última hora. “São dados satisfatórios, dentro do normal. Prorrogamos para mais três dias úteis, que vai facilitar muito a declaração e evitar inadimplência”, explicou.

Barreto ressaltou que a Aderr continua com a meta de vacinar e registrar 100% do rebanho bovino em Roraima e que com as quantidades de doses vendidas este ano, a Agência projeta um alto nível de imunização contra febre aftosa, mas que só poderá avaliar depois da entrega das declarações de vacinação, quando será fechada a etapa.

O pecuarista pode fazer a entrega da declaração em qualquer escritório da Aderr no município que reside, descartando a possibilidade de se deslocar para fazer a apresentação do documento. Segundo o diretor, é preferível que o pecuarista se dirija ao escritório municipal para evitar filas e também poder fazer atualização dos dados cadastrais pessoalmente.

FRONTEIRA – Dentro da programação da Aderr, em combate à febre aftosa, está a Operação Pacaraima, com foco na vacinação do rebanho na terra indígena Raposa Serra do Sol, na comunidade de São Marcos, que abrange o município de Pacaraima, Uiramutã e Normandia. Junto a essa ação, uma parceria firmada entre a Aderr, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e os governos brasileiro e venezuelano, dois municípios próximos da fronteira estão inclusos no calendário da agulha oficial para receberem a vacinação.

A meta é vacinar sete mil cabeças de gado nos municípios de Gran Sabana e Sifuentes após a doação das doses por parte do governo brasileiro para evitar que a doença volte a adentrar no país. “Estamos com uma equipe do Ministério da Agricultura e um veterinário em Pacaraima acompanhando esse procedimento. Isso é para sinalizar para a Venezuela que é importante a erradicação da aftosa no seu território e a proteção do nosso território”, disse o diretor.

Somente nos dois municípios venezuelanos serão dez mil doses das 23 milhões que países da América do Sul irão repassar para a Venezuela no combate à doença. “Todo o território venezuelano está tendo essa oferta de doses para a população bovina com a supervisão do Brasil. Por sermos um país livre de aftosa com vacina, e temos a Venezuela como um país de risco desconhecido, conseguimos fazer esse acordo”, destacou.

Barreto pontuou que a medida é para que o país vizinho também tenha uma atividade pecuária fortalecida, que só será possível através da vacinação. “É uma doença de valor econômico muito grande e que impossibilita o progresso da atividade”, completou o diretor.

Vicente Barreto prosseguiu informando que o acompanhamento no país vizinho será feito até que seja erradicada a doença e quando o país estiver mantendo o interesse em manter o convênio entre países. (A.P.L)