Cotidiano

1,4 mil estudantes dizem ‘não’ às drogas

Alunos de 24 escolas da rede estadual concluíram a formação do Proerd, programa de resistência às drogas, recebendo a diplomação

Mais de 1.400 participaram da formatura do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), na manhã desta sexta-feira, 26, no Ginásio Hélio Campos, no bairro Canarinho, zona Leste. O projeto existe há 15 anos e é realizado pela Polícia Militar em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e Desportos (Seed). Desde a sua implantação, o programa já atendeu cerca de 72 mil crianças e pré-adolescentes.

São 24 escolas da rede estadual de ensino que recebem as atividades do programa. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel João Lins dos Santos Filho, o objetivo do programa é prevenir o uso indevido de drogas e evitar a prática de violência. “Nós tentamos repassar valores para estas crianças, tais como respeitar seus familiares e refletir antes de tomar suas decisões”, disse.

Santos Filho destacou a importância do programa na vida dos alunos atendidos. “Durante as aulas, eles têm a oportunidade de aprender práticas saudáveis, identificar as boas e más amizades e, o mais importante de tudo, que é dizer não à oferta de drogas”, pontuou.

Em Roraima, o programa foi implantando em agosto de 2000. Na época, foram atendidos apenas os alunos do colégio particular Instituto Batista de Roraima (IBR). Na rede pública, ele chegou em março de 2001, na Escola Estadual Maria Sônia de Brito, no bairro Senador Hélio Campos, na zona Oeste.

Segundo o comandante, devido à importância do programa para a sociedade, foi instituído por meio da lei estadual 493, de 13 de abril de 2005, o Dia do Proerd. “No dia 26 de março, nós celebramos a implantação deste projeto, que já evitou que milhares de crianças e adolescentes se envolvessem no mundo das drogas”, frisou.

A última atividade do Proerd é uma formatura na qual os alunos participantes recebem o certificado de conclusão. “Nesta ocasião, eles se comprometem a dizer não às drogas e à violência, estando seguros de que esta é a melhor escolha para as suas vidas”, frisou o comandante da PM.

A comerciante Elizabete Loubo é mãe da estudante Brenda Thomáz, de 9 anos, que participou do Proerd na Escola Estadual Diva Lima, no bairro São Francisco, zona Norte. Ela destacou a importância do programa para as crianças e adolescentes. “Hoje em dia, o acesso às drogas é muito mais fácil do que há alguns anos. Então, é de extrema importância ensinarmos os nossos filhos os males provocados pelo uso destas substâncias para que, em algum momento elas forem oferecidas, eles recusem”.

O estudante Vinicius Amorim, de 9 anos, também estuda na Escola Estadual Diva Lima. Ele relatou o que aprendeu com as aulas do Proerd. “O consumo de drogas não é legal. É prejudicial à nossa saúde. Nas aulas, eu aprendi que devemos recusar qualquer tipo de oferta de consumo de drogas, pois as consequências são graves”.

A mãe de Vinícius, a autônoma Vanuza Amorim, avaliou de forma positiva o programa. “Acredito que todas as escolas deveriam ter o Proerd como uma disciplina obrigatória, pois assim iríamos reduzir os índices de violência e, quem sabe, até mesmo a quantidade de pessoas presas”, opinou.  

ORIGEM – O Proerd tem como base o projeto americano D.A.R.E, desenvolvido e aplicado pelo Departamento de Polícia de Los Angeles, nos Estados Unidos. O projeto é aplicado em todos os estados americanos e em mais de 60 países, dentre eles o Brasil, mas cada um adequado às suas realidades. (I.S)