BONITAS, MAS FATAIS

Jiboia, comigo-ninguém-pode e espada-de-São-Jorge podem envenenar seu pet; veja os riscos

A ingestão, o contato ou até mesmo a inalação de partes dessas plantas pode causar desde irritações leves até insuficiência renal ou parada cardíaca, especialmente em felinos

Entre as plantas, está a jiboia, que contém oxalato de cálcio e pode causar irritação oral, salivação excessiva e vômitos em cães e gatos. (Foto: Nilzete Franco)
Entre as plantas, está a jiboia, que contém oxalato de cálcio e pode causar irritação oral, salivação excessiva e vômitos em cães e gatos. (Foto: Nilzete Franco)

Elas embelezam ambientes e fazem parte da decoração de muitas casas, mas algumas plantas populares podem representar um sério risco à saúde de cães e gatos. Espécies como comigo-ninguém-pode, copo-de-leite, jiboia e até o delicado lírio estão entre as mais tóxicas para os animais de estimação. A ingestão, o contato ou até mesmo a inalação de partes dessas plantas pode causar desde irritações leves até insuficiência renal ou parada cardíaca, especialmente em felinos.

A intoxicação por plantas é mais comum do que se imagina e, segundo médicos veterinários, ocorre com frequência em residências onde há pouca informação sobre os riscos. “Muitos tutores acreditam que plantas ornamentais são inofensivas, mas várias delas possuem substâncias químicas extremamente prejudiciais à saúde dos pets”, alertou a veterinária Katarina Muniz.

Confira abaixo uma lista com seis plantas bastante comuns, mas que devem ser evitadas em ambientes com animais domésticos:

Comigo-ninguém-pode

Comigo-ninguém-pode. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

De aparência imponente e folhas vistosas, a comigo-ninguém-pode é uma das plantas mais tóxicas para cães e gatos. Ela contém cristais de oxalato de cálcio, que provocam irritação intensa na boca, língua e garganta dos animais, além de salivação excessiva, dificuldade para engolir e, em casos graves, edema de glote, podendo levar à asfixia.

Copo-de-leite

A Copo-de-Leite é ideal para ilustrar ambientes internos. (Foto: Gerada por IA)


Muito usada em arranjos florais e vasos decorativos, o copo-de-leite também é rico em oxalato de cálcio. A ingestão da planta pode causar dor e sensação de queimação na boca, vômitos e diarreia. Em casos de contato com os olhos, há risco de lesões na córnea.

Lírio

Lírio. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Apesar da aparência delicada, o lírio é uma das plantas mais perigosas para gatos. Todas as partes da planta são tóxicas e, mesmo pequenas quantidades — como o pólen ou a água do vaso — podem causar insuficiência renal aguda nos felinos. Os sintomas começam com vômitos, perda de apetite e letargia, podendo evoluir rapidamente para um quadro irreversível sem tratamento imediato.

Azaleia

Azeleia. (Foto: Gerada por IA)

Muito cultivada em jardins, a azaleia contém grayanotoxinas, substâncias que interferem na condução elétrica do coração. A ingestão por cães e gatos pode causar salivação intensa, vômitos, diarreia, fraqueza muscular, distúrbios neurológicos, arritmias cardíacas e, em casos extremos, convulsões e coma.

Espada-de-São-Jorge

Espada-de-São-Jorge. (Foto: Gerada por IA)

Conhecida por sua resistência e fácil manutenção, a espada-de-São-Jorge é tóxica por conter saponinas e traços de oxalato de cálcio. O consumo da planta provoca náuseas, vômitos, diarreia e irritações no trato gastrointestinal dos animais.

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Jiboia

Jiboia. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Muito utilizada como planta pendente em ambientes internos, a jiboia possui cristais de oxalato de cálcio que, ao serem mastigados ou ingeridos, causam irritação oral, dor, salivação, inchaço da língua e vômitos.

O que fazer caso o pet ingira uma planta tóxica

Ao perceber que o animal ingeriu uma planta potencialmente venenosa, é fundamental agir com rapidez. O primeiro passo é não induzir o vômito nem oferecer leite, água ou qualquer outro alimento. Medidas caseiras podem agravar o quadro clínico ou dificultar o diagnóstico.

A orientação correta é levar o pet imediatamente ao médico-veterinário, preferencialmente com uma amostra da planta ou uma foto nítida para identificação. Isso facilita o tratamento e pode evitar complicações mais graves.

“Os sintomas variam conforme a planta e a quantidade ingerida. Mas, em geral, salivação intensa, vômitos, diarreia, falta de apetite ou sinais neurológicos são indicativos de intoxicação. Quanto mais cedo o atendimento, maiores as chances de recuperação”, concluiu a veterinária Karina Muniz.

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