Já reparou como a zamioculca virou queridinha nas casas brasileiras nos últimos anos? Essa planta, de folhas brilhantes e estrutura firme, não é apenas bonita — ela também é resistente, não exige muitos cuidados e ainda purifica o ar. Mas o que pouca gente sabe é que é possível fazer muda de zamioculca com apenas um galhinho e um copo com água. Um processo simples, silencioso e até terapêutico, que revela a força da natureza mesmo em pequenos gestos.
Multiplicando a zamioculca do jeito mais fácil possível
Se você tem uma zamioculca em casa ou conhece alguém que tenha, pode iniciar um novo exemplar com um único galho. Isso mesmo: uma haste saudável é suficiente para dar origem a uma nova planta, desde que você tenha um pouco de paciência e siga alguns passos básicos.
Essa técnica é conhecida como propagação por estaca em água. É menos invasiva que a divisão de touceira e não requer ferramentas ou substratos logo de início. Ideal para quem está começando na jardinagem ou mora em apartamento e quer experimentar a multiplicação de plantas de forma prática.
O passo a passo para fazer muda de zamioculca na água
- Escolha o galho certo
Corte uma haste firme e saudável da zamioculca original. Dê preferência a galhos mais antigos e com folhas bem formadas. Use uma tesoura esterilizada para evitar contaminações. - Prepare o copo com água
Encha um copo de vidro transparente com água filtrada ou descansada. O copo precisa ter altura suficiente para manter a base do galho submersa, sem que as folhas encostem na água. - Mergulhe e espere
Coloque o galho na água, certificando-se de que ao menos um nó (região de onde sairão as raízes) esteja submerso. Posicione o copo em local iluminado, mas sem sol direto. - Troque a água semanalmente
A cada 5 a 7 dias, troque a água do copo para evitar proliferação de fungos e algas. Aproveite esse momento para verificar se há raízes se formando. - Raízes visíveis? Hora de plantar!
Após algumas semanas — normalmente de 30 a 60 dias — você começará a ver raízes brancas se formando na base do galho. Quando estiverem com cerca de 3 a 5 centímetros, já é possível transferir para um vaso com terra.
Dica de ouro: quanto mais você espera, mais forte ela chega no solo
Alguns jardineiros iniciantes se apressam e transferem a estaca para a terra assim que aparece a primeira raiz. Mas o ideal é deixar a planta crescer bem no copo antes de fazer a mudança. Isso aumenta as chances de sucesso e evita que a muda morra ao ser transplantada.
A zamioculca tem um ritmo próprio. Às vezes, você pode achar que nada está acontecendo, mas a mágica está ali, invisível, na base do copo. Basta confiar.
Cuidados após o plantio da muda
Depois de plantar a muda enraizada, mantenha o solo levemente úmido nos primeiros dias. Evite encharcar, pois a zamioculca detesta excesso de água. Coloque o vaso em local com luz indireta e não mexa muito na planta — ela gosta de estabilidade.
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Em cerca de dois a três meses, você já notará novas folhas surgindo. E então, começa o ciclo de uma nova zamioculca: forte, resiliente e ainda mais especial por ter sido cultivada com as próprias mãos.
Por que a zamioculca é uma das melhores plantas para ter em casa
Além de bonita e fácil de cuidar, a zamioculca é conhecida por sua capacidade de purificar o ar. Estudos apontam que ela absorve compostos voláteis como xileno e tolueno, comuns em móveis e produtos de limpeza.
Ela também é resistente à baixa luminosidade, o que a torna ideal para ambientes internos, como salas, escritórios e até banheiros com janelas pequenas. E mais: exige regas espaçadas, o que é um alívio para quem costuma esquecer de cuidar das plantas.
Curiosidade: ela armazena água nas raízes
Um dos segredos da resistência da zamioculca está em suas raízes tuberosas, que funcionam como reservatórios de água. Essa característica permite que ela sobreviva bem mesmo em períodos de seca. Mas também significa que o excesso de umidade pode apodrecer essas raízes, por isso o cuidado com a rega é essencial.
Transforme uma muda em presente ou troca entre amigos
Cultivar uma muda de zamioculca não é apenas um ato de multiplicação. É também uma forma de presentear com vida. Em vez de comprar uma planta nova, que tal preparar uma estaca com carinho, acompanhar o enraizamento e oferecer como presente?
Esse gesto cria vínculos — com a planta e com quem recebe. E ainda incentiva mais gente a se reconectar com a natureza, mesmo dentro de apartamentos apertados ou rotinas agitadas.
Um galhinho pode ser o início de uma floresta
Fazer muda de zamioculca com um galhinho e um copo de água é mais do que uma técnica: é um convite à contemplação, ao cuidado e à paciência. É a prova de que o simples ainda funciona. Que a vida insiste em brotar, mesmo nos cenários mais improváveis. Que, às vezes, tudo o que você precisa é de um gesto pequeno para gerar algo grandioso.
