Jardinagem

Como fazer muda de costela-de-adão com raiz aérea em 3 passos

Como fazer muda de costela-de-adão com raiz aérea em 3 passos
Como fazer muda de costela-de-adão com raiz aérea em 3 passos - Imagem gerada por IA

Você já reparou naquelas raízes que crescem para fora do caule da costela-de-adão? Elas não são apenas um charme a mais nessa planta tropical exuberante — também são o segredo para fazer novas mudas com mais facilidade e sucesso. Se você quer multiplicar sua Monstera deliciosa sem danificar a planta-mãe e ainda garantir que a nova muda cresça forte, usar a raiz aérea é a melhor estratégia.

Neste artigo, vamos ensinar como fazer muda de costela-de-adão usando essas raízes em três passos simples, com dicas práticas e cuidados essenciais para garantir que tudo corra bem, mesmo se você não for expert em jardinagem.

O que é a raiz aérea da costela-de-adão?

A costela-de-adão, também chamada de Monstera, desenvolve raízes aéreas como parte natural do seu crescimento. Essas raízes crescem para fora do caule e servem para ajudar a planta a se fixar em troncos ou superfícies, como ocorre na natureza, onde ela sobe pelas árvores. No cultivo doméstico, essas raízes ficam expostas no ar e muitas vezes são ignoradas ou até cortadas.

Mas elas são, na verdade, um ótimo ponto de partida para fazer mudas, porque já têm potencial de absorção de água e nutrientes — o que acelera a adaptação da nova planta ao solo ou à água.

Passo 1: Escolha o caule certo com raiz aérea visível

O primeiro passo para fazer uma muda bem-sucedida é observar a planta com atenção. Escolha um pedaço do caule que tenha:

  • Pelo menos uma folha saudável, grande e sem manchas.
  • Uma raiz aérea bem formada, saindo logo abaixo dessa folha.
  • Um espaço de caule suficiente para fazer o corte sem machucar a planta-mãe.

O ideal é fazer o corte em um “nó” — a parte do caule de onde a raiz aérea e a folha saem. Esse ponto concentra células que favorecem o desenvolvimento de uma nova planta. Certifique-se de que a planta-mãe esteja saudável e não esteja em período de estresse, como pós-poda drástica ou mudança de ambiente.

Passo 2: Corte com ferramenta esterilizada e escolha entre água ou substrato

Depois de identificar o ponto certo, esterilize uma tesoura ou faca com álcool para evitar infecções. Corte o caule logo abaixo da raiz aérea, mantendo a raiz e a folha intactas.

Agora vem a escolha: enraizar na água ou direto no substrato? Ambas funcionam, mas cada uma tem seus prós e contras:

Enraizando na água:

  • Coloque a muda em um copo ou jarra de vidro com água limpa, de preferência filtrada.
  • Mantenha a raiz aérea submersa e a folha fora da água.
  • Troque a água a cada 3 dias para evitar o apodrecimento.
  • Deixe o recipiente em local iluminado, mas sem sol direto.
  • Em cerca de 15 a 25 dias, novas raízes brancas devem aparecer.

Enraizando no substrato:

  • Plante a muda em um vaso pequeno com mistura leve (terra vegetal + fibra de coco ou perlita).
  • Mantenha o solo sempre úmido, mas não encharcado.
  • Cubra com um saco plástico transparente para criar um efeito estufa, favorecendo o enraizamento.
  • Evite mexer até que a planta comece a produzir novas folhas (sinal de que já enraizou).

Ambas as técnicas são válidas, e a escolha depende do espaço disponível, da preferência por acompanhar o crescimento das raízes (caso da água) ou da praticidade de já deixar no vaso definitivo.

Passo 3: Transplante e adaptação da muda

Se você começou o enraizamento na água, o transplante deve ser feito assim que as raízes ultrapassarem 5 cm. Escolha um vaso com furos e use um substrato aerado, que drene bem. Enterre a parte da raiz e do caule, deixando a folha para fora.

Nos primeiros dias após o transplante, a muda pode aparentar cansaço, com folhas levemente caídas — isso é normal e faz parte da adaptação. Borrife água nas folhas para ajudar na hidratação e mantenha o vaso em ambiente protegido do vento e do sol direto.

Já no caso de quem enraizou direto na terra, basta retirar o saco plástico e aumentar gradativamente a luminosidade. A rega deve continuar frequente, mas moderada.

Dica bônus: quando fazer a muda de costela-de-adão

O melhor período para fazer mudas é entre primavera e início do verão, quando a planta está em fase ativa de crescimento. A temperatura e a umidade mais altas favorecem a formação de raízes.

Evite podas ou multiplicações no inverno, quando o metabolismo da planta está mais lento e o enraizamento pode demorar mais ou nem ocorrer.

Multiplicar é cuidar: mais plantas, mais vida no ambiente

Fazer muda de costela-de-adão com raiz aérea é uma prática simples, sustentável e muito gratificante. Você reaproveita o que a planta já produz naturalmente, evita o descarte de raízes e ainda enche sua casa de verde com novas plantas que carregam a mesma genética da original.

Além disso, é uma excelente forma de presentear amigos com uma muda cheia de significado e beleza — afinal, a costela-de-adão simboliza crescimento, conexão com a natureza e equilíbrio estético.

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