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Gordura no fígado: causas e o que fazer após o diagnóstico

Saiba o que causa a gordura no fígado e como reverter o quadro com mudanças simples na alimentação e estilo de vida.

Gordura no fígado causas e o que fazer após o diagnóstico
Gordura no fígado causas e o que fazer após o diagnóstico - Imagem gerada por IA

A gordura no fígado, também chamada de esteatose hepática, é uma condição silenciosa que, muitas vezes, só é descoberta em exames de rotina. Ela ocorre quando há um acúmulo anormal de gordura nas células do fígado, comprometendo seu funcionamento e, em casos mais graves, levando a inflamações e até cirrose.

Entender as causas e agir rapidamente após o diagnóstico é fundamental para evitar complicações e recuperar a saúde do órgão.

Principais causas da gordura no fígado

A esteatose hepática pode ter origens diferentes, mas geralmente está associada a hábitos alimentares, estilo de vida e, em alguns casos, fatores genéticos. Entre as principais causas, estão:

  1. Alimentação rica em gordura e açúcares
    O consumo frequente de frituras, alimentos ultraprocessados, doces e refrigerantes favorece o acúmulo de gordura no fígado.
  2. Obesidade e sobrepeso
    O excesso de peso aumenta o risco de resistência à insulina, que por sua vez está diretamente relacionada ao depósito de gordura hepática.
  3. Sedentarismo
    A falta de atividade física regular reduz o gasto energético e contribui para o acúmulo de gordura corporal, incluindo no fígado.
  4. Consumo excessivo de álcool
    Bebidas alcoólicas, mesmo em quantidades moderadas para algumas pessoas, podem levar à chamada esteatose hepática alcoólica.
  5. Resistência à insulina e diabetes tipo 2
    Essas condições afetam o metabolismo da glicose e dos lipídios, favorecendo o acúmulo de gordura no fígado.
  6. Uso de certos medicamentos
    Alguns remédios, como corticoides e determinados antivirais, podem ter como efeito colateral o aumento de gordura no fígado.
  7. Fatores genéticos e hormonais
    Em alguns casos, a predisposição familiar e alterações hormonais também podem desempenhar papel importante.

Sintomas: por que é considerada uma doença silenciosa

Na maioria das vezes, a gordura no fígado não apresenta sintomas claros nas fases iniciais. Algumas pessoas podem sentir:

  • Cansaço excessivo
  • Desconforto abdominal no lado direito
  • Inchaço
  • Perda de apetite

Como esses sinais são inespecíficos, o diagnóstico geralmente é feito por exames de imagem (como ultrassonografia) ou de sangue.

O que fazer após o diagnóstico

Receber o diagnóstico de gordura no fígado é um alerta para mudanças no estilo de vida. A boa notícia é que, na maioria dos casos, a condição é reversível com medidas simples e consistentes.

  1. Ajustar a alimentação
    • Priorizar frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras.
    • Reduzir açúcar, farinha branca e alimentos ultraprocessados.
    • Evitar frituras e preferir preparações assadas, grelhadas ou cozidas.
    • Incluir gorduras boas, como azeite de oliva e oleaginosas, em pequenas quantidades.
  2. Praticar atividade física regularmente
    Exercícios aeróbicos (como caminhada, corrida leve, natação ou bicicleta) aliados ao treino de força ajudam a reduzir gordura corporal e melhorar a saúde do fígado. A recomendação mínima é de 150 minutos semanais.
  3. Controlar o peso corporal
    Uma perda de peso gradual (entre 5% e 10% do peso inicial) já é suficiente para melhorar o quadro e reduzir a inflamação hepática.
  4. Suspender ou moderar o consumo de álcool
    Em casos de esteatose, a orientação médica frequentemente é interromper o consumo para evitar progressão da doença.
  5. Manter acompanhamento médico
    Consultas periódicas com clínico geral, hepatologista ou endocrinologista ajudam a monitorar a evolução do fígado e ajustar estratégias de tratamento.
  6. Controlar doenças associadas
    Diabetes, colesterol alto e hipertensão precisam estar bem controlados, pois agravam o quadro hepático.

Possíveis complicações se não houver tratamento

Ignorar o diagnóstico e não adotar mudanças pode fazer a esteatose evoluir para:

  • Esteato-hepatite: inflamação do fígado, que pode causar fibrose.
  • Cirrose: cicatrização permanente do fígado, com perda da função hepática.
  • Câncer de fígado: em casos graves e prolongados.

Prevenção: melhor que tratar

Mesmo sem diagnóstico, é possível proteger o fígado com hábitos saudáveis:

  • Manter alimentação equilibrada.
  • Praticar atividade física regular.
  • Controlar o peso.
  • Moderação no consumo de álcool.
  • Fazer check-ups periódicos.

O papel da disciplina na reversão

A reversão da gordura no fígado não depende de medidas radicais, mas de constância. Pequenas mudanças diárias, como trocar refrigerante por água e subir escadas em vez de usar elevador, acumulam resultados importantes ao longo do tempo.

Após o diagnóstico, é essencial entender que a gordura no fígado não é apenas uma questão estética, mas um sinal de que o organismo precisa de cuidados urgentes. Mudanças na dieta, atividade física e acompanhamento médico regular são fundamentais para prevenir complicações e garantir que o fígado recupere plenamente sua função.

O fígado é um órgão com grande capacidade de regeneração, e ao oferecer a ele condições adequadas, a melhora pode ser notada em poucos meses. O diagnóstico, portanto, não deve ser motivo para pânico, mas para ação — quanto antes, melhor.

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