Nem sempre estar preocupado com a sua alimentação significa algo positivo para o seu bem estar físico e mental. Uma nova pesquisa publicada no BMJ Nutrition, Prevention & Health revelou que dietas com restrição calórica podem estar associadas ao aumento de sintomas depressivos, especialmente em homens e pessoas com sobrepeso ou obesidade.
O estudo analisou dados de mais de 28 mil adultos nos Estados Unidos, coletados pela Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição. Os participantes responderam a questionários de saúde mental e relataram seus hábitos alimentares. A maioria não seguia nenhuma dieta específica, mas cerca de 2 mil pessoas afirmaram estar restringindo calorias.
Entre os que praticavam dietas de baixa caloria, os sintomas mais comuns foram humor deprimido, baixa energia e distúrbios do sono, com índices mais altos do que entre aqueles que não estavam em dietas restritivas.
Os pesquisadores explicam que, na vida real, esse tipo de alimentação pode causar deficiências nutricionais importantes, como falta de proteínas, vitaminas e minerais essenciais, o que gera estresse fisiológico e piora o bem-estar emocional.
Apesar de estudos anteriores sugerirem que dietas equilibradas podem ajudar a melhorar a saúde mental, os autores alertam que a restrição calórica sem acompanhamento adequado pode ter o efeito oposto. Ou seja, sem o acompanhamento de um profissional da saúde e nutrição que indique uma dieta de acordo com seu organismo.
A orientação é cautela com dietas muito restritivas e compreender a importância de uma alimentação variada, rica em nutrientes e adequada às necessidades individuais. A pesquisa destaca ainda que, embora os efeitos observados sejam pequenos, o tema merece mais investigação com estudos que considerem os hábitos alimentares reais da população