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Resolvi minha insônia por meses fazendo isso por 3 noites seguidas

Minha insônia sumiu após três noites seguindo esse ritual de respiração, chá e silêncio — veja como aplicar.

Resolvi minha insônia por meses fazendo isso por 3 noites
Resolvi minha insônia por meses fazendo isso por 3 noites

Por mais de dois meses, eu acordava entre 2h e 3h da madrugada com o coração acelerado e uma ansiedade que não dava trégua. Tentava voltar a dormir, mas o cérebro insistia em rodar uma lista infinita de preocupações. Foi quando, quase por acaso, me deparei com uma prática simples, que prometia regular o sono em três noites. Cética, testei — e funcionou melhor do que qualquer chá ou comprimido que já havia tomado. A chave? Um ritual noturno que resgata o corpo da agitação e prepara a mente para descansar de verdade.

Como aliviar a insônia com um ritual de desaceleração

A palavra-chave aqui é: desacelerar. A insônia não costuma começar na cama, mas sim na forma como encerramos nosso dia. O que transformou minha relação com o sono foi criar um conjunto de hábitos que informavam ao meu corpo: “acabou o dia, agora é hora de desligar”.

Esse ritual dura cerca de 40 minutos e segue uma sequência lógica:

  • 20 minutos antes de qualquer coisa, celular longe. Nada de redes sociais, vídeos ou e-mails.
  • Um banho morno com luz baixa no banheiro. Não precisa ser demorado, mas é importante não terminar o dia no piloto automático.
  • Após o banho, preparo um chá de camomila com lavanda — sem açúcar. Enquanto esfria um pouco, faço um alongamento de 5 minutos, bem leve.
  • Depois, já com o chá na mão, escrevo no papel três coisas que me incomodaram naquele dia e que quero “deixar fora do travesseiro”. O simples ato de registrar no papel é libertador.

A sequência parece banal. Mas a repetição por três noites ativou algo profundo: a sensação de que eu estava cuidando de mim.

O poder do silêncio e da luz baixa na indução do sono

Se tem algo que minha experiência ensinou, é que o ambiente fala com nosso sistema nervoso. A luz forte do teto, o som alto da TV, notificações piscando… tudo isso manda sinais de alerta ao cérebro. Quando troquei isso por meia-luz, sons suaves (uso uma playlist com sons de natureza e piano) e ambientes calmos, meu corpo começou a responder.

Hoje, uma meia-luz amarelada no quarto me dá mais sono do que qualquer remédio. Inclusive, um estudo da Universidade de Harvard mostrou que a exposição à luz azul à noite atrasa a liberação de melatonina, o hormônio do sono. Ou seja, a luz suave é mais que estética: é funcional.

Respiração guiada e visualização: o que mais funcionou

Depois de me deitar, o que realmente consolidou meu sono foi um exercício de respiração chamado 4-7-8. Aprendi com um vídeo de um médico norte-americano que viralizou nas redes, e ele ensina o seguinte:

  • Inspire pelo nariz contando até 4.
  • Segure o ar contando até 7.
  • Solte pela boca em 8 segundos, bem lentamente.

Repetir esse ciclo quatro vezes reduz a frequência cardíaca, acalma a mente e prepara o corpo para adormecer. Nos primeiros dias, eu só conseguia completar dois ciclos antes de cair no sono.

Outra técnica que combinou com essa respiração foi imaginar que eu estava deitada em uma praia à noite, ouvindo apenas o som do mar. Cada inspiração me levava para mais perto da areia. Parece bobo, mas visualizações ativam áreas do cérebro ligadas à calma e segurança.

O que evitar à noite: o erro que me fazia perder o sono

Descobri que o que me impedia de dormir não era só ansiedade — era o hábito de querer resolver tudo mentalmente na cama. Planejar o dia seguinte, pensar em contas, em conversas, em pendências. Uma armadilha comum.

Hoje, tenho um caderno ao lado da cama onde anoto qualquer pensamento que surja. Isso evita que eu fique ruminando. O simples gesto de “externalizar” a ideia é como dizer ao cérebro: “isso não precisa mais ficar aqui agora”.

Além disso, cortei totalmente cafeína após as 16h e evito alimentos pesados no jantar. Parece básico, mas só quando deixei de ignorar isso percebi o impacto.

Em três noites, percebi um padrão: o sono veio antes que o medo

A primeira noite ainda foi inquieta, mas já com um corpo mais relaxado. Na segunda, dormi por cinco horas seguidas — o que não acontecia há semanas. E na terceira, apaguei antes mesmo da metade da playlist.

Não foi um milagre, mas uma reconexão com o que o corpo precisa: pausa, acolhimento, tempo. A prática virou rotina, e hoje durmo bem cinco noites por semana. Nas outras, pelo menos, sei o que fazer para me reencontrar.

O mais bonito de tudo é perceber que o sono não é uma batalha a ser vencida, mas um convite ao cuidado. Quando parei de tratar minhas noites como um problema e passei a enxergá-las como oportunidade de repouso consciente, tudo mudou.

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