Parabólica

Seria também obra do “Crime Organizado” a descondenação de Lula?

Bom dia,

“Crime Organizado” virou panaceia para justificar e criminalizar tudo o que é de malfeitos no Brasil. O atual governo enquadra como “crime organizado” as ações dos que invadiram, ou pelo menos financiaram, as ações dos populares que invadiram as sedes dos Três Poderes, tenham eles participado ou não das depredações àqueles patrimônios públicos. É também classificada como obra do “crime organizado” a tentativa do governo e de sua base política de atribuir como criminosa a tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de tentar vender um relógio que lhe fora presenteado por governo da Arábia Saudita, isso para ficar nalguns exemplos.

Seria também obra do “Crime Organizado” a descondenação do atual presidente Lula da Silva (PT)? Afinal, ela teve a participação de criminoso que gravou clandestinamente conversas entre um juiz e um procurador da República no que ficou conhecido como “Vaza Jato”. O hacker, que acaba de ser condenado a mais de 20 anos pelo crime teria agido sozinho, ou alguém o pagou para praticar o crime? E os agentes públicos, que utilizaram uma prova juridicamente imprestável, para declarar suspeito um juiz até então respeitado em todo o país, não comporiam um espécie de “crime organizado”? Só para refletir.

RECLAMAÇÃO 1

Um áudio do prefeito de Normandia, Wenston Raposo (PSD) fazendo reclamações aos munícipes em um grupo de Whatsapp, durante o final de semana, acabou ganhando repercussão nas rodas de conversa sobre política estado afora. Entre outras coisas, ele diz que os moradores se queixam de tudo, mas que nunca ninguém ligou “para pedir a chave pix do prefeito para depositar um trocadinho”. Seria cômico, se não fosse trágico.

RECLAMAÇÃO 2

Dr. Raposo, como é mais conhecido, segue dizendo que ninguém vai a casa dele levando “um litro de farinha, um pedaço de beiju, um frasco de jiquitaia ou um pouquinho de tucupi”. “Fica aqui registrada a insatisfação do prefeito com as comunidades do município de Normandia!”, resume.

CANTÁ

No município do Cantá, a movimentação política do deputado federal Gabriel Mota (Republicanos) deixou o prefeito André Castro (PP) de orelha em pé. O parlamentar esteve na região e fechou acordo com vistas às próximas eleições com nada menos que cinco dos nove vereadores. Comenta-se nos bastidores que a intenção seria sim a de lançar um novo nome para disputar a prefeitura.

INDEPENDENTES

Embora quase todos, pelo menos publicamente, defendam a permanência de Antônio Denarium (PP) no governo do estado, a movimentação de deputados estaduais e federais da base governista em torno das eleições municipais do próximo ano parecem indicar que eles trabalham com a alternativa do governador fora do cargo. Quase todos e todas estão se articulando para indicar candidatos a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores para além da influência do governador. Trabalham independente da vontade de Denarium.

FORÇA

O ex-senador Romero Jucá mostrou ainda ter controle sobre o MDB estadual durante a convenção no final de semana, e foi reeleito como presidente, tendo como vice, Sérgio Pillon, presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional. A deputada Helena Lima; o prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique; o deputado Idázio da Perfil, e o vereador, Bruno Perez, foram eleitos na chapa, em cargos menos expressivos.

DE FORA

O quadro dirigente emedebista no estado parece indicar que para o partido o deputado federal Duda Ramos é carta fora do baralho. O parlamentar está articulando candidaturas municipais para além dos interesses do MDB, e quando pode faz críticas abertas ao prefeito Arthur Henrique, candidato do partido à reeleição para a Prefeitura Municipal de Boa Vista, com declarações públicas de apoio de suas lideranças mais expressivas como o ex-senador Romero Jucá e a ex-prefeita Teresa Surita. O caminho de Duda Ramos por ser o Podemos, pelo menos é o que indica sua aproximação ao partido.

SIMON BOLÍVAR

Não adiantou a prefeitura isolar o acesso à Praça Simón Bolívar, mais conhecida como o Trevo, próximo à Rodoviária de Boa Vista. Mais uma vez, famílias inteiras de imigrantes estão por lá instaladas, utilizando a estrutura como abrigo. Esse é mais um sinal do que temos comentado cá na Coluna há algum tempo, sobre o aumento expressivo do fluxo da imigração desenfreada em nosso estado. Lamentável!

CICLOVIAS

Faz alguns dias que moradores dos bairros Caçari e Paraviana têm comentado as obras de construção de quilômetros de novas ciclovias em ruas da região. Um ponto positivo destacado pela Coluna é a obra no trecho que liga o Bairro dos Estados ao Paraviana, e que faz o contorno em um terreno de propriedade da Base Aérea de Boa Vista, com fluxo intenso de veículos e ciclistas (quase todos trabalhadores). Ganha a população!