Bom dia! “Um homem de valor nunca é ingrato” – Goethe OCORRÊNCIA Ao que tudo indica, está valendo tudo na corrida pelo voto do eleitor neste segundo turno na disputa pelo Governo do Estado. Depois da denúncia de que servidores comissionados estariam sendo pressionados a adesivar seus veículos com propaganda eleitoral, surgiram registros de ocorrência policial referente a carros que estavam estacionados na frente de órgãos públicos e foram adesivados sem autorização dos donos. VÍDEO Um eleitor gravou um vídeo, da janela de um prédio público, quando dois homens fixavam adesivos nos carros estacionados em via pública, na semana passada. O eleitor gritou e os dois elementos saíram apressados ao notarem que haviam sido descobertos. Se isto for uma estratégia eleitoral, há de se considerar que se trata de uma atitude, no mínimo, burra. Não dá para acreditar que coordenadores de campanha tomaram essa decisão. TERRORISMO Assim como esse vídeo circula nas redes sociais, outras denúncias estão sendo compartilhadas na internet. Uma internauta relatou que moradores de conjuntos habitacionais estão sendo visitados por pessoas que estão fazendo terrorismo psicológico com as famílias afirmando que se não votarem em determinado candidato, irão perder suas casas. É mole? PROPOSTA Também circula comentários de que eleitores estariam recebendo proposta para receber R$ 500,00 para entregar o título de eleitor e a carteira de identidade. Desta forma, ao ficarem sem documentos, estas pessoas não iriam votar e contribuiriam para aumentar o número de abstenções. Parece uma proposta estranha, pois o eleitor pode votar com qualquer outro documento com foto, como Carteira de Trabalho e a Carteira Nacional de Habilitação. Mas, em se tratando de campanha, tudo é possível, pois isso já ocorreu em outros pleitos. ABSURDOS 1 Em tempos de compra de voto, o absurdo precisa ser levado em consideração. Deputados eleitos, em conversas reservadas depois do primeiro turno do pleito deste ano, acabaram descobrindo que vários eleitores constavam em suas listas de pagamento de cabos eleitorais. Um deles reuniu sua equipe, pediu explicação e deu um “puxão de orelha” naqueles cujos nomes apareciam na lista de seus adversários. ABSURDOS 2 No passado, uma cena semelhante ocorreu entre dois deputados. Um deles se gabava que iria conseguir 60 votos prometidos por um pastor ao ter doado a cerâmica para concluir o piso da igreja. Ao descobrir de qual liderança religiosa se tratava, o outro parlamentar também disse que doou as telhas para a mesma igreja e recebeu, do pastor, a mesma “garantia” de 60 votos. Ao conferirem suas listas, os dois descobriram que 90% dos nomes se repetiam nas duas relações enviadas pelo religioso. AUTORIDADE O deputado Jalser Renier (PSDC) pode não ser o coordenador oficial da campanha pela reeleição do governador Chico Rodrigues (PSB), mas fala com autoridade de quem agora tem poder de decisão. Na reunião realizada na semana passada, com toda a equipe de campanha, o parlamentar deu as ordens de como agir para “virar a campanha” e como conquistar o eleitor que declarar voto ao adversário. MOTIVAÇÃO Na “aula de motivação” para os cabos eleitorais, ele disse que o grupo tem que passar “credibilidade”, ser insistente até convencer o eleitor a mudar de voto e que todos devem se sentir como um “vulcão adormecido e que entrou em atividade”. O parlamentar afirmou que os cargos comissionados deverão ser incitados a “não ficar em silêncio”, sob o argumento de que se o candidato ao governo perder, eles também perderão o emprego. AUTORIDADE Na fala, o deputado mostrou que tem autoridade. Ele disse que ligou três vezes para um secretário estadual e que recebia como resposta que ele estaria “muito gripado”. Então, Jalser disse, em bom tom aos presentes, que chegou a pedir a exoneração do secretário, pois não queria ver ninguém “doente” ou de “corpo mole” na campanha. Tudo isso foi gravado por um dos participantes da reunião e o áudio está sendo compartilhado via WhatsApp. INSATISFAÇÃO Esse áudio que está sendo divulgado, no qual aparece o deputado se referindo ao secretário que não atendeu ao chamado para comparecer à reunião no comitê eleitoral para uma reunião eleitoral, confirma a insatisfação do comando da campanha de Chico Rodrigues com o secretário estadual de Educação, Leocádio Vasconcelos. DIVERGÊNCIA As divergências entre Leocádio e Jalser são de conhecimento público. Todos se lembram do atrito entre os dois por causa da contratação de empresas para fornecer alimentação para a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Depois, novo atrito ocorreu quando Leocádio era presidente do Instituto de Terras de Roraima (Iteraima) e recusou-se a assinar um título de uma área perto do Matadouro e Frigorífico de Roraima (Mafir), ocupada por uma pessoa ligada ao deputado. NÃO ERRAMOS As poderosas antenas da Parabólica ratificam a informação de que haveria mudança na Secretaria Estadual de Educação (Seed). Não erramos! A mudança não ocorreu porque as duas candidatas para o cargo – a deputada estadual eleita Lenir Rodrigues e a professora Ana Célia – declinaram do convite. MUDANÇA Depois de dar entrevista à Rádio Folha, no domingo passado, afirmando que no segundo turno agiria “apenas como eleitora”, a deputada federal eleita Shéridan de Anchieta (PSDB) mudou de opinião. Em sua página na rede social, no final da manhã de ontem, ela disse que não apenas iria votar no governador Chico Rodrigues (PSB) como se engajaria na campanha dele. Ele justificou que sua decisão foi tomada após divulgação de “postagens falsas”. Só não explicou o teor.