Bom dia! “Um homem pode falsificar o amor, pode falsificar a fé, pode falsificar a esperança e todas as outras virtudes, mas é muito difícil falsificar a humildade” – Dwight L. Moody INDIGNAÇÃO Ainda vai render muito pano para as mangas o episódio do vídeo em que o senador Romero Jucá (PSDB) destrata a juíza eleitoral Patrícia Oliveira dos Reis no dia da votação do primeiro turno das eleições, em Mucajaí. Os juízes se disseram estarrecidos com as cenas e encheram-se mais de indignação quando souberam, por meio de uma matéria da Folha, que a Associação dos Magistrados do Estado de Roraima (Amarr) não iria se pronunciar pelo fato de a juíza em questão não ser associada à entidade. OFÍCIO 1 No dia 07 de outubro, o juiz Erick Linhares enviou um ofício ao presidente da Amarr, juiz Parima Dias Veras, dizendo-se espantado com o que leu na Folha e que recebeu “com assombro” a informação que consta na matéria sobre o posicionamento da Amarr. “Essa postura é de entristecer. Quando se ofende uma magistrada no exercício de sua atividade, não há espaço para equidistância nem neutralidade”, diz o documento. OFÍCIO 2 Conforme o magistrado, “no mínimo, o que se esperava da Amarr era um ato de solidariedade, pois em seus estatutos contas como objetivo ‘defender os interesses da magistratura’ e fortalecer o espírito de classe”. “Também não sou associado e o silêncio da Amarr me decepciona e envergonha-me”, complementa o ofício. ESCLARECIMENTO A Coligação Roraima Unida, do governador Chico Rodrigues (PSB), enviou “nota de esclarecimento” afirmando que a coordenação da campanha no segundo turno continuará com o senador Romero Jucá (PMDB) e que está instalando “coordenadores de área”. “Queremos agradecer aos eleitores os mais de 90 mil votos recebidos pelo nosso candidato ao governo, Chico Rodrigues, e destacar que a maior união política ocorrida em Roraima elegeu 19 deputados estaduais das 24 vagas e 07 deputados federais das 08 vagas. Portanto, somos uma coligação vitoriosa e unida por um Estado melhor”, frisou. COMENTÁRIOS O que não falta nas redes sociais são relatos de supostas compras de votos no primeiro turno. São comentários com riqueza de detalhes que, se houvesse vontade de investigar, com certeza seria descoberta muita coisa. Porém, uma fonte informou para a Parabólica um episódio que está mantido sob sigilo absoluto, até mesmo pelas autoridades policiais: um assalto milionário a um dinheiro sujo que desembarcou em Roraima para a compra de votos. ASSALTO Conforme o relato de uma autoridade policial, um malote com R$ 4,5 milhões de um grupo político estava sendo trazido supostamente de Brasília em uma pequena aeronave. Assim que o avião pousou, homens armados já estavam esperando e levaram o dinheiro milionário que seria derramado na boca de urna na semana passada. É mole? DESCONFIANÇA A fonte afirma que o avião tinha previsão para pousar em uma fazenda de um conhecido figurão local. Porém, sem explicação, o piloto recebeu novas coordenadas para mudar o local do pouso no Interior do Estado. Poucas pessoas sabiam dessa movimentação e começou uma onda de desconfiança, inclusive sobre uma das autoridades e até mesmo do empresário dono da aeronave. Como o caso não pode vir à tona, por motivos óbvios, os donos do dinheiro estão brigando entre si. É coisa de filme de máfia! KOMBI VELHA Outro fato narrado por fontes é o de que uma Kombi velha foi usada para transportar altas somas de valores para não levantar suspeita da Polícia Rodoviária e da Polícia Federal. “Esse carro não levantou nenhuma suspeita e passou pela polícia, que estava fiscalizando só os carros novos e grandes. O caso foi denunciado, só não sei se tomaram providências, pois era pouca polícia para muita distribuição de dinheiro em vários lugares”, narrou a fonte. BANCOS 1 Esta semana foi de muita fila nas agências bancárias de Boa Vista, não apenas porque os bancários estavam em greve e retornaram na terça-feira, mas porque os cabos eleitorais que trabalharam no primeiro turno receberam o cheque com seu pagamento do mês passado. Essas pessoas que recebem com cheque são aquelas contratadas legalmente e que, por força da legislação eleitoral, devem receber por meio de cheque nominal. BANCOS 2 No horário de meio-dia de ontem, na agência da Caixa Econômica Federal, o que se viu foram pessoas saindo do banco xingando candidatos, principalmente os que não foram eleitos, porque foram informadas, na boca do caixa, que o cheque que elas portavam era “borrachudo”, ou seja, não tinha fundo. Difícil mesmo será encontrar alguém nos comitês eleitorais para reclamar. ATRASO As copeiras que prestam serviço em escolas públicas e que trabalharam em uma terceirizada vão entrar para o sétimo mês sem receber o salário. O motivo do atraso no pagamento é o não recebimento do repasse do dinheiro pelo Governo do Estado. Sem ter outra opção, as mulheres continuam trabalhando na esperança de receberem o que lhes é de direito. O curioso neste fato é que o dono da empresa foi candidato a deputado estadual e conseguiu 1.595 votos. OBRIGADOS Nem bem começou o segundo turno e ontem a coluna recebeu telefonemas de vários funcionários, estaduais e municipais, denunciando pressões. Eles dizem que estão sendo “solicitados” a adesivarem seus veículos com propagandas do candidato governista. NÃO BATEM Essas informações sobre pressão para que servidores municipais adesivem seus carros não batem com os buchichos que davam contam de um início de diálogo entre a candidata Suely Campos (PP) e a prefeita Teresa Surita (PMDB). Depois contaremos o resto.