FALANDO DE NEGÓCIOS

OS CONFLITOS ÉTICOS DAS 48 LEIS DO PODER - Ataque o pastor e as ovelhas se dispersam

OS CONFLITOS ÉTICOS DAS 48 LEIS DO PODER - Ataque o pastor e as ovelhas se dispersam

Um dos grandes defeitos do ser humano é protelar ações, deixar tudo para depois e achar que a sorte o acompanhará pelo resto da vida. Quando deixamos as coisas acontecerem aumentamos a probabilidade de avolumarmos problemas, cegar frente aos fatos e ignorar a força maléfica de algumas pessoas em relação a outras e aos nossos projetos. Por esse motivo é importante agir de forma proativa frente aos problemas e aos seus causadores. Quando nos posicionamos as pessoas passam a nos ver como o comandante de uma ação, quando deixamos acontecer elas nos veem como meros passageiros de uma agonia que não cessa.

O texto dessa semana nos leva a uma reflexão muito interessante nos trazendo a uma analogia do ser humano comparando-o a uma “laranja podre”. A dinâmica é simples, caso você não observe a presença desse fruto/pessoa podre ou em fase de apodrecimento, aos poucos, ela levará a perda de todos os demais frutos que dividem espaço com ele. Porém quando você identifica isso no início do processo, você poderá salvar todos os demais frutos.

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Trazendo para exemplos que envolvam pessoas, é interessante destacar que essas pessoas (laranjas podres) tem uma grande capacidade de influenciar e, portanto, contaminar as pessoas que estão no seu entorno. São pessoas extrovertidas, com grande capacidade de convencimento e extremamente manipuladoras. As organizações têm estado muito mais atentas a perfis de pessoas que contaminam ambientes, minam culturas organizacionais e põem em risco grandes patrimônios, ativos importantes e até mesmo empregos de pessoas que realmente precisam.

É importante destacar que uma pessoa não pode se sentir mais importante do que um conjunto de pensamentos. As pessoas que querem trazer para si o centro das atenções, trazem também a admiração, mas também a inveja e podem também receber artilharia pesada que poderá eliminá-lá, já que sua capacidade bélica sempre será menor do que uma organização completa e unida.     

Veja o que diz a lei 42, do livro “As 48 leis do poder” de Robert Greene:

Lei 42: Ataque o pastor e as ovelhas se dispersam: A origem dos problemas, em geral, pode estar num único indivíduo mais forte – o agitador, o subalterno arrogante, o envenenador da boa vontade. Se der espaço para estas pessoas agirem, outras sucumbirão à sua influência. Não espere que os problemas e suas causas se multipliquem, não tente negociar com elas porque são irremediáveis. Neutralize a sua influência isolando-as ou banindo-as. Ataque a origem dos problemas e as ovelhas dispersar-se-ão.

A lei faz uma metáfora utilizando a imagem de um rebanho de ovelhas para transmitir uma mensagem sobre lidar com problemas ou conflitos em grupos sociais. A expressão “Ataque o pastor e as ovelhas se dispersam” sugere que, ao lidar com a fonte principal dos problemas, os demais membros ou elementos envolvidos também serão afetados.

A ideia central é que muitas vezes os problemas em um grupo podem ser originados a partir de um único indivíduo que exerce uma influência negativa, seja através de sua atitude agitadora, arrogante ou envenenadora. O conselho dado é não permitir que essas pessoas tenham espaço para agir, pois sua influência pode se espalhar, afetar outros e comprometer resultados.

A sugestão de não esperar que os problemas se multipliquem e de não tentar negociar com essas pessoas sugere uma abordagem mais proativa. Em vez disso, propõe-se neutralizar a influência negativa desses indivíduos isolando-os ou banindo-os do grupo, não os dando uma sobrevida que pode ser o tempo necessário para que o pior se concretize. A ideia é cortar a fonte dos problemas antes que eles se espalhem e causem danos irreparáveis.

Assim, a metáfora das ovelhas demonstra claramente que o rebanho dispersa quando o pastor é atacado, que demonstra a importância de lidar diretamente com a origem dos problemas em um grupo social para evitar que estes se alastrem e danos maiores sejam causados.

É imperioso reforçarmos os processos de seleção nas organizações e evitar que projetos vitoriosos sejam minados, bons profissionais sejam contaminados, reputações sejam afetadas e que avanços sejam retardados.  

A liderança, por si só, quando é tratada na sua essência, formará um time de admiradores que cria um exército em torno dos objetivos comuns da organização ou de um grupo de pessoas. Isso só acontece quando a cultura organizacional é alinhada pela base do respeito e não do medo. É o momento onde a pessoa que está a frente (no caso o líder), consegue transmitir os objetivos de forma clara, transparente e voltada aos interesses comuns e não os que tem como base o medo ou o egoísmo.   

E para fecharmos o nosso artigo é importante refletir sobre a importância de estarmos atentos a todos os movimentos que acontecem ao nosso redor. Não podemos fazer uma gestão de costas para a organização, muito menos de costas para as pessoas. Precisamos identificar talentos, valorizá-los, emponderá-los e assim estarmos vacinados contra os cavaleiros do apocalipse que em nada contribuem para consolidação dos objetivos.  

Esteja atento aos movimentos e aja rápido: A origem dos problemas, em geral, pode estar num único indivíduo mais forte – o agitador, o subalterno arrogante, o envenenador da boa vontade e o cavaleiro do apocalipse. Não dê espaço a pessoas que pensam apenas no seu umbigo, que não se envolvem, que não criam laços, pois a equipe/time pode sucumbir à essa influência. Não espere que os problemas e suas causas se multipliquem, não tente negociar com essas pessoas porque são irremediáveis. Caso já faça parte da organização, neutralize a influência banindo-a. Caso tenha a oportunidade de escolher, se mantenha longe desse perfil de vampiros de sonhos.

Por: Weber Negreiros

CEO da WN Treinamento, Consultoria e Planejamento

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