Liderando pela autoridade e não pelo poder – Flavio Melo Ribeiro *As pessoas na sua maioria querem fazer parte de algo especial, seja no lazer, na família ou no trabalho. E não se alcança tal situação sem esforço e sem dedicação. Isto aumenta a responsabilidade do líder, é primordial que as pessoas que exerçam algum tipo de liderança o façam exigindo excelência, para que as pessoas por ela lideradas façam o melhor de si. Com o passar do tempo os liderados irão perceber que construíram algo significativo e vão se orgulhar disso. Ninguém sai melhor de um trabalho em que não lhe foi exigido nada, que não pode demonstrar o que sabe, nem precisou aprender nada para fazer o que foi solicitado. É fundamental que se reconheça útil e muitas vezes realizadas.
Nesse processo o líder pode utilizar a essência da liderança, que é fazer com que o liderado faça de BOM GRADO e MOTIVADO o que o líder deseja. Para isso é fundamental utilizar-se da autoridade, do exemplo, do incentivo e evitar o poder de mando. É importante incentivar a utilização do conhecimento, da criatividade do liderado.
Primeiramente o líder precisa deixar de pensar nele primeiro para pensar no grupo, na missão da organização, nas tarefas, nas pessoas que compõem o grupo de liderados. Se o líder não se doar, nem procurar atender as necessidades do grupo, não vai receber em troca o apoio e a dedicação das pessoas que ele lidera. Que fique bem entendido, satisfazer as necessidades e não as vontades das pessoas que compõem o grupo, quer dizer, alcançar o que realmente falta para que as pessoas possam realizar as tarefas que lhes foi solicitada. E principalmente elogiar quando os subordinados se saíram bem, para que estes possam se reconhecer como alguém que faz bem feito. Não há dúvida que é melhor liderar uma equipe que tem orgulho do que faz.
*PsicólogoCRP12/[email protected] (*) A Viver – Atividades em Psicologia desenvolveu programas psicoterapêuticos que possibilitam ser trabalhados em grupos e individual.O Brasil está nu – Jaime Brasil Filho*
Não há outra maneira de superarmos as verdades mais cruéis a não ser encará-las de frente.
É impossível superarmos algo que ainda não se apresentou completamente, que não se estabeleceu, não há como ultrapassarmos os nossos limites sociais e históricos se estes não se revelam com perfeição. Mas, como encarar essas verdades quando elas permanecem escondidas nos conchavos, no reformismo estéril, na aliança espúria entre os que se propuseram a mudar a história e os eternos algozes do povo? E foi exatamente isso que aconteceu nos últimos anos. Mas, agora, tudo mudou.
Vivemos um momento único de crise e de perplexidade, todas as aparências estão se desfazendo.
O Brasil vive um momento de nudez que nos revela o que sempre foi, mas que ainda tentava esconder.
E é por isso mesmo que vivemos um momento feliz e cheio de esperanças. As nuvens negras do fascismo que se apresentam no Brasil nada mais são do que a possibilidade de que agora, sim, o sol e o vento poderão dissipá-las.
As crises são as melhores oportunidades para mudarmos de rumo.
O que mais temos que saber? Que todas as cúpulas de todos os poderes e instituições da nossa República estão contaminadas pela corrupção, pelas negociatas, pela manipulação, pelo patrimonialismo, pela abjeção?
Quantas licitações e contratos públicos em todo o território nacional estão livres de suspeição? Quantos políticos encastelados em seus mandatos de aço e concreto têm o amor e a admiração dos seus representados, pois estes sabem que ali está um cidadão honesto e que visa o bem comum? Quantos?
Precisamos, ainda, que alguém nos diga que a corrupção no Brasil não é uma exceção, mas sim que é o próprio modo de se fazer política?
Alguém ainda duvida que a tal governabilidade desde antes de Collor sempre se deu pela espúria troca de favores, em desfavor dos interesses do povo?
Será necessário que algum jornal ou alguém nos explique que todos nós, todos, direta ou indiretamente, voluntariamente ou não, alimentamos ou somos vítimas e reféns do modo vergonhoso e sujo de se fazer política no Brasil?
Ainda resta alguma novidade?
O que nos surpreende? Que haja no Brasil tantos homofóbicos, tantos racistas, tantos machistas, xenófobos, neofascistas? Por acaso não aprendemos na escola que nascemos, enquanto país, de uma empresa colonial que massacrava índios, escravizava negros e condenava hereges ao sofrimento e à morte conforme a falsa moral da Contrarreforma?
Sabemos que o que a Casa Grande chama de paz é quando os da Senzala se recolhem, se prostram e obedecem docilmente às ordens dos seus Senhores, ou, não é assim? Fora isso, quando os oprimidos deste país se alçam, os “Senhores do Engenho” do momento chamam a situação de baderna, vandalismo, subversão, e aí dão mandam segregar, torturar e matar o povo insurgente. Não foi sempre assim?
Ainda há alguém que acredite na atual geração de políticos brasileiros? Não está claro que, com raríssimas exceções, são todos viciados nas velhas formas de agir onde para eles sempre, sempre, “os fins justificarão os meios”?
Há alguém ainda que não entenda que o Brasil está controlado por meia dúzia de banqueiros e corporações, e que esses poucos grupos estão destruindo a nossa nação e o nosso valiosíssimo e belo patrimônio natural em nome do lucro?
A verdade é que o Brasil nunca conseguiu passar a limpo o seu passado de genocídio, segregação, injustiça e desigualdade. O nosso país vem, há mais de 500 anos, “triturando” e “moendo” os seus ecossistemas e biomas, e destruindo a vida do seu povo para que poucos se enriqueçam. Os malfeitores sempre se mantiveram intocados em nossa história, e ainda foram, e são, laureados. Tudo sempre foi resolvido com acordos e conchavos onde, na essência, as coisas permaneciam como estavam. E, assim, nada nunca mudou por aqui.
Então, o que estamos esperando?
As condições objetivas estão dadas. A desigualdade, a concentração de riquezas, a concentração de terras, os péssimos serviços públicos essenciais, a repressão estatal em face da grande maioria do povo, a ineficiência do Estado em atender às mínimas demandas do povo, a injustiça e a violência cotidianas etc. Tudo está posto.
As condições subjetivas estão dadas. Sabemos que a nossa democracia representativa tem nos enganado há décadas, sabemos que as instituições são apenas fachadas para que uma dúzia de poderosos manipulem nossas vidas e as vidas dos nossos filhos e netos, manipulem o nosso futuro. Em resumo, já não há aparências que consigam nos enganar.
O que estamos esperando?
Já passa da hora de nos organizarmos, de baixo para cima.
Este é o momento de buscarmos a criação de uma outra democracia: direta e popular. Temos que fazer isso, antes que os hidrofóbicos autoritários e fascistas lancem mão dos seus sonhos tirânicos, onde algum
“salvador da pátria” prometerá a ordem perfeita e oprimirá ainda mais o povo.
Já basta dessa falsa representatividade política.
Tomemos o poder em nossas próprias mãos.*Defensor Público————————————-Tudo se copia – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa”. (Fernando Pessoa) Não sei como você está vendo o novo projeto para a melhoria do ensino no Brasil. Eu estou preocupado. Está me parecendo que estamos querendo copiar o método norte-americano. O velho Chacrinha dizia que na televisão nada se cria, tudo se copia. Fora da televisão também. Essa minha mania de estar sempre reclamando contra a obrigatoriedade do voto, estende-se a outros setores como a educação. Não vamos educar se não formos educados. Todo pai deveria saber disso. Mas como nossos dirigentes públicos não são nossos pais e sim padrastos, tudo bem. Mas não vamos deixar correr solto.
Ainda não estamos preparados para copiar modelos de países preparados. E sempre estivemos detrás da porta esperando que os Estados Unidos criem alguma coisa para copiarmos. E estamos fazendo isso com a educação. O modelo que estamos querendo adotar é excelente, mas será que estamos preparados pra ele? Acho que não. E estou sendo sincero. Ainda lidamos com problemas elementares que são verdadeiras bombas para nossa Educação. Um dos exemplos mais simples foi a fala do ex-Ministro da Educação, Paulo Renato Souza, quando Ministro. Certa vez um repórter lhe falou sobre a falta de recursos para a Educação e ele respondeu: “Não falta recursos para a Educação. O que falta é bom gerenciamento nos recursos para a Educação”.
E como de nada nos vale, pelo que me parece, a fala do Fernando Pessoa, sobre a importância da língua portuguesa, como é que vamos dar importância à Educação? O que ouvimos de barbaridades no uso do nosso idioma, na mídia nacional, atingindo todo o Brasil, não está no gibi. E quem está preocupado com isso? Pensa que estou exagerando? Se você for fazer algum teste para um emprego importante, verifique: se você cometer algum erro de português na sua conversa, nada de mais. Mas se você não falar o inglês corretamente estará fora da disputa. São coisas simples que devemos levar em consideração para poder aplaudir as medidas necessárias para nossa Educação; mas precisamos ser cautelosos. Precisamos nos preparar para as mudanças, sobretudo quando elas já estiverem chegando atrasadas. E como estamos atrasados no nosso ensino, rumo à Educação no seu sentido mais precioso! Vamos mudar, mas vamos primeiro nos preparar para as mudanças. Principalmente quem as vai processar. Será que já estamos preparados? Você nem imagina o prazer que sentirei se um dia descobrir que estou errado nessa minha observação. Pense nisso.
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