Opinião

Opiniao 30/05/2023

Estresse 

 

“Não andeis ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.” (Filipenses: 4 a 6) 

Estresse é uma resposta do organismo a determinados estímulos que representam circunstâncias ameaçadoras. Para se adaptar a uma nova situação, o corpo desencadeia reações que ativam a produção de hormônios como, por exemplo, a adrenalina. Isso deixa o indivíduo em “estado de alerta” e em condições de reagir a qualquer ataque ou perigos à sua frente. 

Sendo assim, em instantes, esses hormônios se espalham por todas as células do  corpo humano, provocando aceleração da respiração e dos batimentos cardíaco e se eles persistirem vão aparecer outros problemas, a saber:  profissionais; familiares; doenças; alcoolismo; drogadição; acidentes; morte; dificuldade para dormir; constipação; diarreia; irritabilidade; falta de energia e de concentração; comer demais ou não comer; raiva; tristeza; tensão; cólica; urticária; ansiedade; dor de cabeça; desordens do sono; temperamento explosivo; insatisfação no trabalho; moral baixo; depressão; ganho ou perda de peso e, entre outros sintomas, hipertensão arterial 

Não é fácil dizer para alguém ficar calmo e relaxado quando ele está estressado, porém é importante encontrar formas de aliviar o estresse tanto o nosso quanto de pessoas que estão ao nosso redor. E tem mais, precisamos fazer de tudo para não nos estressarmos e se isso não for possível é necessário mudar alguns de nossos hábitos e estilo de vida, pois tanto o estresse de curto, quanto o de longo prazo, podem trazer graves efeitos sobre o nosso corpo. O estresse pode desencadeando mudanças no organismo aumentando a probabilidade de ficarmos doentes e piorar problemas de saúde já existentes. 

A pessoa muito estressada deve ser acompanhada por um profissional médico e psicólogo, pois esse quadro pode realmente desencadear muitas enfermidades e piorar outras doenças já existentes. Nada melhor do que prevenir. 

A vida é uma batalha e se a gente for deixando nossos problemas de saúde ir se agravando vamos piorando cada vez mais. É verdade que, um dia iremos partir desta terra, mas não podemos ficar esperando sempre o pior acontecer. Temos que ser resilientes e viver um dia de cada vez. 

Médica formada pela UFF 

Título em Medicina do Trabalho/ANAMT 

Perita em Tráfego/ABRAMET 

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED 

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP 

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL 

CRM-RR 339 RQE 341 

A ÚLTIMA CONVERSA

Walber Aguiar*

Quem vive da busca não morre

…vai garimpar estrelas… Drummond

Estava ali, no escritório, conversando com o meu amigo causídico, Marco Pinheiro. Mas não era um longo diálogo, como breve a vida. Geralmente, nossas conversas eram curtas. Só nos demorávamos um pouco mais quando o assunto descambava pra poesia e música. Principalmente, se o lúdico percorresse os caminhos da música de Gonzaguinha e Cartola.

Conversávamos amenidades. Coisas do cotidiano, da vida, dos dias apressados. De vez em quando um poema era solto no ar. Uma pausa para o lírico, romântico, poético, ainda que as letras jurídicas nos perseguissem, como de costume. Um romance criminal, um caso tenebroso, o desejo de trabalhar para os mais pobres, embora o direito/ advocacia fosse a ferramenta do dinheiro, o meio usado para capitanear os recursos necessários ao existir.

Não conheci pessoalmente seu Antônio Pinheiro de Oliveira nem dona Francisca da Silva Pinheiro. Mesmo assim, Marco foi a grande somatização dessa gente boa, uma semente germinada nesse tempo árido, num universo frio, mudo e assustador.

Um dia ele me falou de seu pai, antigo e brilhante advogado de Manaus, do Estado do Amazonas. Também foi trazido à memória, um dos maiores advogados da pátria das águas, o Dr. Caio Fábio de Araújo, por mim conhecido como “velhinho da fé”. O homem que deixaria a seara jurídica e mergulharia de cabeça na grandeza da fé e na pregação do evangelho de Jesus.

Naquele tempo, na antiga Manaus, os dois grandes juristas, viram seus filhos fazerem parte da geração dourada, com suas motos barulhentas, seus tamancos, seu estilo hippie, suas lutas praticadas nas ruas, praças e avenidas.

Marco fez parte da geração dourada, mas, um dia foi apresentado ao direito. Já o Caio Filho saltou vertiginosamente na misteriosa e estranhamente deliciosa direção de Deus. Uma de nossas últimas conversas girou no sentido da ética e da espiritualidade. Do “ethos”, da cobertura, do telhado que encobria a casa individual, que emprestava caráter ao cidadão, ao homem que não precisava fazer parte da maioria moral, de uma média ponderada, para ser visto pelos homens.

Marco Antônio, um nome de imperador. De gente séria, augusta, livre , soberana. Gente que, apesar de carregar todo esse acervo de vida no nome, tinha tempo pra cantar, servir, gargalhar e desfraldar toda sua humildade.

Naquela manhã ele fez uma foto e nos despedimos. Depois nos veríamos, para tratar de todas as coisas do coração, da lei e do cotidiano. Para rir das piadas do Guedes, do Públio e Samuel Moraes, do punk, das tiradas da Gláucia e de tantos outros.

Marco vivia pra lá e pra cá com sua Dani, com sua menina Julia. Os outros filhos eu não conheci. Mas, conheci o “Dude”, Márcio, uma figura cômica e interessante, seu irmão.

Não, não vai ter como não chorar. Afinal, não somos tão duros quanto parecemos. Ainda mais, se a brincadeira de Marco um dia nos alcançou.

Vá em paz, mano. Um dia nos encontraremos debaixo das frondosas mangueiras do infinito, sob os campos de morango da eternidade…. e não haverá nem grito, nem pranto, nem dor….

*Advogado, poeta, historiador, professor de filosofia, membro do Conselho de Cultura e membro da Academia Roraimense de letras.

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Cuidado com o que deseja

Afonso Rodrigues de Oliveira

“É o que estiver em seu coração, sejam coisas boas ou más, fortes ou fracas, que você haverá de receber”. (Norman Vincent Peale)

Vincent Peale, como todos os outros pensadores e orientadores, basearam-se em outros grandes pensadores. E o mais importante é que eles sempre nos passaram grandes orientações sobre o modo de viver racionalmente. O Emerson, por exemplo, nos deixou esse pensamento que certamente orientou o Norman Vincent Peale: “Cuidado com o que deseja, pois será o que você receberá”. E só quando dermos mais importância a tais pensamentos seremos capazes para evoluir. A humanidade ainda não evoluiu o suficiente para sermos considerados racionais. É verdade que há um arrufo impressionante de notícias negativas e prejudiciais. Mas nem todos os males que estamos vendo crescer assustadoramente, são frutos só dos noticiários.

Vamos valorizar mais o poder que temos, em nós mesmos, para construirmos uma vida mais digna, para ser vivida. Vamos caminhar pelas veredas da vida, mas sem a necessidade de timoneiros que dirijam nossos destinos. Cada um de nós tem o poder, dentro de si, para dirigir sua vida dentro da racionalidade. Cada um de nós deve ser o seu próprio timoneiro. Todos somos capazes de dirigir nossas vidas, dirigidas pelos nossos próprios pensamentos. São nossos pensamentos que nos levam aonde queremos ir. Ninguém mais, além de nós mesmos, tem o poder de fazer isso por nós. “O reino de Deus está dentro de nós”. E se é assim não há por que ficarmos procurando orientações desorientadas para nos orientarem.

Ninguém é superior a você se você não se sentir inferior. Lembra-se do cabo “Sivirino”? É a história do navio que navegava em alto mar, à meia-noite, em plena escuridão. De repente o timoneiro avisou ao comandante, que aparecera uma luz, a longa distância, mas na rota do navio. O comandante enviou uma mensagem:

– Você está em minha rota, afaste-se!

Veio a resposta:

– Desvie-se quarenta e cinco graus noroeste.

Logo foi a mensagem agressiva:

– Aqui quem fala é o comandante! Se você não se afastar imediatamente, vou abrir fogo contra você!

Aí veio a resposta:

– Aqui quem fala é o Cabo Sivirino. Se você não se desviar quarenta e cinco graus noroeste, vai colidir com o farol.

Não importa quem você é. O que importa mesmo é o que você faz no que deve fazer bem feito. Tome conta de você mesmo, ou mesma, e faça sempre o melhor que puder fazer no que você faz, dentro da racionalidade. Seja seu comandante e vá em frente, conduzindo o barco da vida no rumo certo para a evolução racional. Caia fora da canoa, piroga da irracionalidade. Pense nisso.

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99121-1460

  

** Os textos publicados nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião da FolhaBV