AFONSO RODRIGUES

Inteligência e discernimento

Inteligência e discernimento

“A inteligência não se mede pela soma de conhecimentos, mas pela capacidade de discernir as coisas”. (Luciano Bivar)

Conhecemos, embora ignoremos, muitas pessoas que não têm grande conhecimento e, no entanto, demonstram ser inteligentes. Se ainda não prestamos atenção ao fato curioso, cuidemos de nossa inteligência. Estamos com carência de inteligência. Mas vamos ser cautelosos no julgamento. Estamos vivendo um momento de certa forma periclitante, nos estudos sobre a educação. Estamos em um patamar bem baixo na qualidade do ensino. E o mais preocupante é que estamos nos encantando com o desenvolvimento das crianças. O que é preocupante para os que prestam atenção à coisa. Como será que iremos educar adolescentes com mente desenvolvida, com informações que podem tanto levá-los para o bem quanto para o mal? Vamos ser mais cautelosos do que faladores.

Ainda no início do século XX, o médico Miguel Couto nos mandou esse recado: “No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo”. Gente… vamos prestar mais atenção à educação do povo. E não podemos fazer isso com descaso à Educação. E não estamos vendo desenvolvimento nenhum neste sentido. Vamos ser mais cautelosos e responsáveis pelos meios que tanto podem como devem cuidar mais da responsabilidade de acordar o poder público para a imensidão do problema. A coisa está realmente preocupante, mas não vamos cair aqui, no balaio da crítica. Não há necessidade disso. Os mais ativos na preocupação sabem e sentem o perigo no problema.

Vamos estar mais atentos à nossa reponsabilidade como cidadãos. E só quando entendermos isso poderemos ser realmente cidadãos. E só entenderemos isso quando entendermos que nunca seremos cidadãos enquanto não formos um povo realmente educado politicamente. E entender apolítica é simplíssimo. Basta seguir pensamentos de pensadores que entenderam ou entendem de política. O Gaston Bouthoul nos mandou esse recado: “Reconhece-se um país subdesenvolvido pelo fato de nele ser a política a maior fonte de riqueza”. No momento em que o eleitor prestar atenção a isso, deixaremos de mandar para a política, candidatos que não merecem a honra da política. Porque política não é falcatrua. Somos nós, eleitores, os responsáveis pelos desmandos de desonestidades na nossa política. E só quando formos cidadãos poderemos corrigir o erro. Talvez por isso não haja interesse de educar para melhorar. Melhorar o quê e para quem? Se a ignorância política escorre pelo desfiladeiro do interesse dos espertos? E o esperto está na sua. Se forem para a cadeia, esta será temporária. Pense nisso.

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