LETRAS SABOROSAS

Descubra a receita da sopa de camarão da Vovó Laura

Descubra a receita da sopa de camarão da Vovó Laura

RECEITA DO DIA

Sopa da Vovó Laura   

Por Chef Daniela Leal Martins – É pra Levar (PA)

INGREDIENTES:

01 kg Camarão regional descascado  

02 unidades de Tomate médio

02 unidades Cebola média  

02 unidades de Pimentinha verde (de cheiro)

02 unidades Pimenta de cheiro Cumari do Pará

03 unidades  Limão

05 dentes Alho

1/2 maço Alfavaca

1/2 maço Chicoria

1/2 maço Cheiro Verde (coentro)

1/2 maço Cebolinha

1/2 maço  Salsa

02 litros de Caldo de camarão

300 grs  Castanha do Pará seca

200 grs Castanha do Pará fresca

500 ml  Creme de leite

300 grs Farinha de tapioca

Azeite de Oliva a gosto

Sal a gosto

MODO DE PREPARO:

Esquentar a castanha do Pará seca em uma frigideira para soltar seu aroma e sabor, ralar metade dela em ralo fino. Reservar.

Lavar o camarão regional em água corrente com um limão.

Temperar o camarão com limão, alho socado, cheiro verde, chicória e alfavaca,  azeite e sal e deixar tomar gosto por 3 horas.

Em uma caçarola com azeite refogar, o alho, a cebola, o tomate, a pimentinha verde e os temperos verdes cortados, sal a gosto e o camarão já temperado.

Quando estiver refogado acrescente a pimenta de cheiro levemente amassada e 1,5 litros de caldo de camarão. Deixe ferver por 10 minutos. Corrija o sal.

Coe metade dos camarões e reserve.

Bata no liquidificador a outra metade dos camarões com todo o caldo e temperos do ensopado, as castanhas frescas e metade da castanha seca.

Quando estiver tudo homogenizado, formando um creme, volte para a panela no fogo, junte o camarão reservado e metade da farinha de tapioca.

Assim que levantar fervura desligue o fogo, acrescente o creme de leite e mexa vigorosamente.

MODO DE SERVIR:

Em uma xícara de consomé ou em prato fundo. Coloque a sopa e decore com farinha de tapioca, castanha ralada e cebolinha.

Mais de 12 mil pessoas visitaram a quinta edição da feira internacional de Gastronomia Amazônica

Doze mil pessoas de Manaus e de outros estados vizinhos estiveram visitando a Feira Internacional de Gastronomia Amazônica nos dois dias do evento, e puderam conferir o que temos de novidades em produtos, serviços e ingredientes na região.

Semana passada falei sobre as aulas dos chefs locais, de Manaus, que deram aulas mostrando os nossos melhores ingredientes e as tradições culinárias.

Mas também tivemos aulas de quatro chefs de cozinha de outros estados brasileiros e de dois chefs internacionais vindos da Colômbia e do Chile.

Começo falando sobre a aula do chef Paulo Machado, do Mato Grosso do Sul, que trouxe a sua Matula Pantaneira feita  com a paçoca de carne de sol e guariroba, e falou sobre os roteiros gastronômicos do Pantanal e as viagens gastronômicas denominadas Food Safaris, que movimentam o Turismo Gastronômico brasileiro há mais de 10 anos com roteiros desde o Pantanal, Bonito, Tefé, Belém e Marajó, Serra Gaúcha e Região do Rio São Francisco, para citar alguns dos roteiros nacionais, mas também trabalham com roteiros no Peru, Colômbia, México, Japão, Catalunya, entre outros, uma verdadeira aula sobre o segmento que está crescendo no Brasil.

A chef e doutora em turismo e hospitalidade Luana Oliveira, filha do chef Ofir de Oliveiro, trouxe seu roteiro de turismo étnico indígena gastronômico com o Povo Xerente do Tocantins e fez um prato tradicional, o Kupakubu, sem esquecer de fazer o verdadeiro Arubé, um molho espesso feito com mandioca e tucupi amarelo, que foi muito difundido por seu pai na Europa nos anos 80.

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Da terceira geração de grandes cozinheiros paraenses, a chef Daniela Martins trouxe uma aula afetiva com receitas das suas avós. A chef Dani é neta da culinarista Anna Maria Martins e filha do saudoso chef Paulo Martins que iniciou o turismo gastronômico na Amazônia nos anos 2.000 em Belém, sendo pioneiro em destacar a culinária amazônica em um evento gastronômico regional. O evento Ver o Peso da Cozinha Paraense teve 15 edições que movimentarama gastronomia nacional e internacional.

A chef acreana Amanda Vasconcelos mostrou para todos como uma jovem de 32 anos, autodidata, levou os sabores do Acre e da Amazônia para São Paulo e mostrou que “O Acre Existe”, como ela gosta de falar. Hoje além do restaurante Casa Tucupi, abriu o bar Sobrado Tucupi levando um pouco do jeito amazônico para a maior capital brasileira e teve sucesso. Ela mostrou que é possível empreender, mas que nem tudo são flores, tem que ter garra, vontade e saber que terá também muito trabalho pela frente. Ela participou do projeto “Juntas na Mesa” da marca de cerveja Stela Artois, que impulsionou o empreendedorismo feminino  trabalhando os três pilares pesquisados: crédito, formação e visibilidade para aumentar o protagonismo das mulheres.

Ainda tivemos aulas com os chefs internacionais que vieram conhecer Manaus e se impressionaram com a variedade de ingredientes. O chef Jaime Rodriguez da Colômbia, que tem o seu restaurante na cidade de Cartagena  e é o décimo nono melhor restaurante da América Latina, veio para falar do seu projeto Caribe Lab que estuda frutas, flores e plantas alimentícias da sua região e não tinha programado fazer algum prato, pois não conhecia os ingredientes amazônicos. Mas bastou uma visita ao Mercado de peixes da Manaus Moderna para se encantar com a diversidade de peixes de rio do Amazonas. O que mais lhe impressionou foi o Aruanã, e o sítio Panc do pesquisador Valdely Kinupp que me enviou foto das flores comestíveis que está cultivando. Quando mostrei para o chef Jaime, ele vislumbrou o que gostaria de apresentar. Os presentes puderam ver a criação de um prato, praticamente naquele momento. Ele recheou uma flor de Malvaviscus ou hibisco vermelha com um tartar de aruanã marinado no camu camu (caçari) e jenipapo, simplesmente delicioso e que o inspirou para fazer um novo prato para o cardápio do seu restaurante Celele.

O Chef Heinz Wuth, mais conhecido como um chef cientista, de origem alemã mas que vive no Chile há muitos anos, trouxe seu livro recém lançado “Esto es ciencia & Cocina” e nos proporcionou uma aula de ciência aplicada para a gastronomia, onde com quatro métodos ele elaborou um prato feito com ingredientes amazônicos e onde o pirarucu foi a estrela. A gastronomia científica é um tema que está há alguns anos sendo explicado por chefs e cientistas como sendo uma extensão importante para os que trabalham no setor.

Agora vamos agendar a sexta edição ou os 10 anos da FIGA – Feira Internacional de Gastronomia Amazônica, que vai acontecer em 2025 na cidade de Manaus e já prevê muitas novidades e com tema para envolver todos os estados e países amazônicos. As fotos são de Gabriel Araujo.

Até a FIGA 2025!