AFONSO RODRIGUES

A guerra começa na esquina

“Em todas as esquinas há guerras, como em todas as esquinas do mundo há grandes guerras. Em todas as esquinas de nossa vida, podemos suscitar guerras ou paz”. (Madeleine Delbrel)

As guerras mesmo como guerrilhas e coisa assim são características do ser humano em todos os níveis. Não há guerra que não surja do poder de um ditador. E como somos todos iguais, as diferenças só nos colocam no grau de evolução de cada um. E como ainda não entendemos o significado de evolução, vamos continuar nadando em águas turvas. E se prestarmos mais atenção veremos que a história sobre guerras vem se arrastando há eternidades.

Somos todos guerreiros. Até mesmo quando nos sentimos independentes dos donos das guerras, estamos sujeitos tanto a eles quanto a elas. E a coisa está tão alarmante que na medida em que a população da Terra aumenta, aumenta a violência generalizada. As revoluções, independentemente das suas alturas, não são mais do que um incentivo às guerras de esquinas. Porque são essas que alimentam a formação das guerras de todo o mundo. Não há racionalidade nas guerras. E se prestarmos atenção veremos que elas, as consideradas grandes guerras, ou Guerras Mundiais, vêm e são alimentadas pelas consideradas autoridades superiores. Quem viveu o momento monstruoso da Segunda Guerra Mundial, sabe analisar a brutalidade no desenvolvimento rasteiro na mentalidade dos grandes políticos do Mundo.

Mas vamos nos preocupar menos e atuar de maneira racional, como cidadãos do mundo, porque é o que somos e não sabemos que somos. Independentemente de sua religiosidade, espiritualidade, não importa. O que importa é que estejamos sempre atentos ao desenvolvimento racional a que ainda estamos indiferentes, por estarmos mais interessados nas guerras de esquinas. O carnaval chegou e ainda não nos preparamos para viver a folia, mesmo sem cair na folia. Vamos viver os dias carnavalescos como um feriado à mente adormecida. Vamos nos divertir com o divertimento dos que se divertem. As diferenças que nos separam não devem ser uma prisão mental nem mesmo racional. Vamos ser feliz. O importante é que não vulgarizemos o valor da alegria.

O Victor Hugo disse: “É inútil obter por piedade aquilo que desejamos por amor”. Vamos viver mais, vivendo melhor em nós mesmos. O Lacios também disse: “Esse encanto que imaginamos encontrar nos outros é em nós que ele existe, e só o amor embeleza o objeto amado”. Vamos nos valorizar amando nós mesmos, para que possamos transmitir o que temos de melhor dentro de cada um de nós, para evitar as guerras. Por que brigar quando podemos amar? Pense nisso.

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