O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião ministerial - 20.01.2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião ministerial - 20.01.2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A considerar pela reação de políticos e empresários, quase ninguém está concordando com a decisão do presidente estadunidense de anunciar uma sobretaxa sobre produtos brasileiros exportados para aquele país na ordem de 50%. É natural essa reação, especialmente porque os Estados Unidos da América (EUA) é o segundo maior mercado importador do Brasil, depois da China. Do ponto de vista político, a esquerda aproveita para responsabilizar a direita, especialmente a família Bolsonaro, por ter a responsabilidade de convencer Donald Trump a mandar uma carta para Lula da Silva (PT) comunicando o tarifaço, que afinal, só passa a vigir a partir de 01 de agosto. E tem sentido essa acusação.

De qualquer forma, é preciso olhar o conjunto da obra, e olhando assim não faz sentido excluir a responsabilidade do governo brasileiro, especialmente de Lula da Silva e seu fiel escudeiro Celso Amorim -o verdadeiro mandachuva na política externa do Brasil-, que desde muito desancam contra o presidente estadunidense e os interesses daquele país. É bom lembrar que Lula hostiliza Trump desde a eleição contra Kamala Harris e o tem fustigado em todos os fóruns internacionais de que participa, especialmente, nessa gerigonça em que se transformou o BRICS, agora um quintal submisso dos interesses da China, a principal concorrente dos EUA pela supremacia comercial do Mundo.

Não se pode esquecer que Lula quase todos os dias ataca Israel -o principal aliado estadunidense no Oriente Médio-, e já comparou o governo israelita ao nazismo da Adolf Hitler. Lula também mantém uma luta quase diária contra a hegemonia do Dólar como principal moeda das transações comerciais e reserva de capital internacional. É de iniciativa do presidente brasileiro e de Celso Amorim a opção brasileira de escolher os governos autoritários e criminosos como o Irã e o da Venezuela. Quem bate pode apanhar. Simples assim.                   

PERSEGUIÇÃO 1

Mal começou a gestão e prefeito Chicão (Progressistas), de São Luiz do Anauá, já enfrenta uma representação com pedido de afastamento por 120 dias feito pelo Ministério Público de Contas. O órgão diz que a gestão já causou prejuízo de R$ 7,4 milhões aos cofres públicos por contratos com empresas fantasmas, pagamentos sem comprovação e uso indevido de verbas da educação, tudo isso em um momento de calamidade financeira. O gestor continua batendo na tecla de que o ex-prefeito e hoje desafeto político, James Batista (Solidariedade), estaria por trás da movimentação. 

PERSEGUIÇÃO 2

Chicão foi vice e secretário nas gestões de James, mas ambos passaram de aliados a adversários declarados. Ao assumir, o atual prefeito afirma ter herdado uma prefeitura em colapso, com obras paradas, salários atrasados e um rombo milionário que motivou um decreto de calamidade financeira que valia por seis meses. Se o MPC investiga a atual gestão, por outro lado, deputados estaduais abriram uma CPI para investigar a gestão anterior, que recebeu mais de R$ 100 milhões em emendas especiais, as chamadas “emendas pix”. Com os dois lados na berlinda e a cidade atolada em dívidas, o prejuízo, como sempre, fica com o cidadão.

EMENDAS

Há emendas parlamentares de recursos federais de 2019 que seguem travadas, ou seja, seis anos depois de aprovadas ainda não foram liberadas, segundo informações do governador Antonio Denarium (Progressistas). Em entrevista recente à Folha, ele criticou a morosidade do governo federal na liberação dos recursos e citou como exemplo os hospitais de Mucajaí e Pacaraima. Denarium explicou que a demora na liberação dos recursos foi tanta que as construtoras responsáveis acabaram falindo, o que obrigou o Estado a acionar a Justiça para rescindir os contratos. Segundo ele, o impasse foi superado e o governo trabalha agora para retomar e finalizar as obras.

CALAMIDADE

A Prefeitura de Uiramutã decretou situação de emergência por 180 dias devido às chuvas que atingem a região. Como acontece ano após ano, as águas danificaram pontes e vicinais, isolando comunidades. Cerca de 1.700 pessoas foram diretamente impactadas, segundo a gestão municipal. De acordo com relatório da Prefeitura do município, os danos ao setor produtivo já ultrapassam R$1 milhão. Com o decreto, o município pode contratar serviços com mais agilidade, sem necessidade de licitação, para recuperar as áreas atingidas. 

REEQUILÍBRIO 1

Basta um olhar rápido pelos diários oficiais de Roraima para encontrar diversos contratos com aditivos de reequilíbrio econômico-financeiro, especialmente em obras onerosas, como pavimentação de estradas e vicinais, quase sempre com a justificativa de aumento no preço de insumos. O tema tem ganhado atenção em nível federal. O Tribunal de Contas da União (TCU), por exemplo, tem discutido critérios mais claros para autorizar esse tipo de reajuste, sobretudo quando envolve variação no custo de insumos. 

REEQUILÍBRIO 2

Recentemente a Advocacia Geral da União (AGU) AGU barrou na Justiça o pagamento de R$ 446 mil solicitado por uma empreiteira que atuava na BR-174, em Roraima. A empresa alegava prejuízo com a nova política de preços da Petrobras, mas a Justiça entendeu que sua margem de lucro foi preservada, não havendo quebra do equilíbrio contratual. A decisão estabelece um precedente relevante para obras públicas no estado.

TARIFAÇO 1

Para quem não conseguiu acompanhar os últimos acontecimentos na relação entre Brasil e Estados Unidos, aqui vai um resumo: tudo começou com uma carta do Brics criticando as tarifas cobradas pelos EUA. O presidente Donald Trump reagiu prometendo uma taxa de 10% a todos os países do grupo e, logo depois, anunciou uma tarifa de 50% apenas para o Brasil. Trump também saiu em defesa de Jair Bolsonaro e atacou o STF, que o investiga. 

TARIFAÇO 2

O governo brasileiro respondeu com Lula afirmando que o Brasil é soberano, que não aceita interferência externa e prometeu retaliação. Em nota conjunta, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defenderam uma reação e citaram a Lei da Reciprocidade Econômica, sancionada em abril, para responder a medidas consideradas hostis. Segundo analistas político-econômicos, a crise virou um teste de fogo para a diplomacia do governo Lula e agora, todos os olhos estão voltados para a próxima movimentação do Itamaraty. 

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Parabólica

As poderosas antenas da coluna, trazem para o site aquelas conversas que esquentam os bastidores da política local. Informação, Denúncia e as notinhas apimentadas que só a coluna publica de segunda a sábado.

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