FALANDO DE NEGÓCIOS

A bolha digital e as novas gerações

Ninguém mais olha no olho de ninguém

A bolha digital e as novas gerações

É muito triste ver que todo o esforço do ser humano em desenvolver produtos e serviços baseados na tecnologia estejam criando reféns ou zumbis de suas criações. As pessoas perderam a mão, a noção para que serve o mundo digital, antigamente chamado de “www” ou “World Wide Web”. Sentar-se numa mesa em família para um jantar e ver todos os membros com seus olhos imersos em minitelas de smartphones ao invés do olho no olho é a certeza de que perdemos o rumo. Estamos formando gerações que não saberão viver no mundo real, pessoas que estão se perdendo e criando dúvidas em sua cabeça de que o mundo real para elas é o dá tela e não o de carne e osso. Hoje ao chamar um jovem para conversar e tirar o smartphone da mão dele você observara vários sinais de dependência, como tiques nervosos, até o comportamento estressado. Mas o pior de todos os sinais é descobrir que falta conteúdo a ele, falta estar por dentro do que acontece no mundo aqui fora, falta sensibilidade de verdade e não apenas olhos cansados dentro de uma tela limitada e de gente que cria um mundo ideal que jamais existirá.

Não podemos ignorar que estamos vivendo dias sombrios, onde todos falam de guerras pelo mundo, falta de flexibilidade, humildade, sensibilidade e o pior a ausência total de empatia. Agora discute-se muito o que está ocorrendo, mas ninguém está aprofundando as causas.

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Desde a criação da internet, em 1989, Tim Berners-Lee usaria a estrutura dos protocolos criados por ele como base para propor a World Wide Web (www), um sistema que permite que computadores acessem endereços de Internet e compartilhem dados pela rede, dando à Internet aquela que se tornaria a sua face mais “comercial” e aberta ao grande público. Mas como no mundo das “PESSOAS” existem os “MAS…”, fomos deturpando seu objetivo, como também das boas ferramentas criadas a partir dela. A internet foi criada com o objetivo de aproximar os que estavam distantes, substituir as cartas por e-mails e dar dinamismo a comunicação entre as pessoas e empresas, mas não foi isso que os seus criadores estariam presenciando atualmente.  

A bolha digital, especialmente em plataformas de redes sociais, tem transformado profundamente a maneira como interagimos, aprendemos e percebemos o mundo ao nosso redor. Embora essas plataformas ofereçam oportunidades sem precedentes para conexão, aprendizado e entretenimento, elas também apresentam riscos significativos para a saúde mental das pessoas e para a formação das futuras gerações. Este texto busca explorar esses riscos, destacando a importância de uma abordagem crítica e consciente ao navegar no ambiente digital e não simplesmente tratá-lo como um ambiente autorregulado, pois não é. Hoje podemos dizer que seja uma área SEM LEI, SEM RESPEITO e de MUITO RISCO.

Não podemos ignorar que essa bolha do MUNDO DIGITAL tem sido um risco para a saúde mental de todos, dos mais jovens aos mais velhos. A exposição contínua e intensiva às redes sociais tem sido associada a uma série de problemas de saúde mental, incluindo ansiedade, depressão, baixa autoestima e solidão. Uma das principais causas é a tendência das redes sociais de promover uma cultura de comparação social. Usuários frequentemente comparam suas vidas com as versões idealizadas e criadas que veem online, o que pode levar a sentimentos de inadequação e insatisfação com a própria vida. Tudo isso porque vemos pessoas vendendo experiências que nunca tiveram; competências e habilidade que nem sabem o que são; aconselhamentos baseados em conceitos rasos e irresponsáveis que deveriam ser dados por profissionais devidamente habilitados; conceitos que fragmentam a importância da convivência e do olho no olho; distorção dos conceitos e valores familiares em função de “Professores de Deus Mirins” que não tem nada a agregar e jogam fora sua infância para amadurecer na força o que leva ao apodrecimento e não ao caminho normal da formação de uma pessoa.

Além disso, o design viciante das plataformas, com algoritmos que priorizam o engajamento constante, pode levar a um ciclo de dependência e uso excessivo. Isso não apenas afeta negativamente a saúde mental, mas também pode prejudicar o sono, a atividade física e o tempo dedicado a atividades fora da tela, que são essenciais para o bem-estar geral. As pessoas resumem suas vidas a likes, não aceitam críticas as suas postagens e tornam o seu mundo a regra do mundo de todos os outros. Lamentável, para não dizer assustador.

Para as futuras gerações, que crescem imersas em ambientes digitais, os riscos são particularmente acentuados. A bolha digital pode afetar o desenvolvimento de habilidades sociais, a capacidade de concentração e a formação de uma identidade saudável. Crianças e adolescentes, ao se depararem com uma avalanche de informações e padrões muitas vezes inatingíveis, podem desenvolver uma visão distorcida da realidade e de si mesmos.

O impacto na educação também é uma preocupação. Embora o acesso à informação possa ser visto como positivo, a dificuldade em discernir fontes confiáveis de informações falsas ou enganosas pode comprometer a qualidade da aprendizagem e incentivar a formação de visões de mundo polarizadas e extremistas, alimentadas por câmaras de eco e bolhas de filtro.

No mundo das empresas, ver quadros ou estantes para os colaboradores entregarem seus celulares na entrada do expediente e pegá-los no final dia, demonstra claramente que perdemos o controle sobre o que criamos. Como uma ferramenta criada para nos ajudar, compromete nossa produtividade como profissionais? Algo muito estranho vem acontecendo e será triste chegar à conclusão que a criação dominou o criador.

Temos que criar estratégias de mitigação, caso contrário teremos uma pandemia a caminho, a pandemia dos PROFESSORES DE DEUS. É crucial desenvolver estratégias que minimizem os riscos associados à bolha digital. Educação digital e midiática se apresenta como uma ferramenta essencial, capacitando usuários a navegar criticamente pelas redes sociais, reconhecer e resistir a tendências nocivas, e buscar informações de maneira responsável e crítica.

Além disso, é importante promover um equilíbrio saudável entre vida online e offline, incentivando atividades que fortaleçam relações interpessoais face a face, atividades físicas e hobbies que não envolvam telas. Para crianças e adolescentes, o papel dos pais, educadores e cuidadores é fundamental, tanto no estabelecimento de limites saudáveis para o uso de tecnologias quanto no fornecimento de orientação e suporte emocional.

A bolha digital das redes sociais apresenta desafios complexos para a saúde mental das pessoas e para a formação das futuras gerações. Reconhecer esses riscos é o primeiro passo para mitigá-los. Com educação, conscientização e ações proativas, podemos navegar no ambiente digital de maneira mais saudável e construtiva, garantindo que as tecnologias sirvam aos seus criadores, ao nosso bem-estar e ao desenvolvimento positivo da sociedade.

Por: Weber Negreiros

CEO da WN Treinamento, Consultoria e Planejamento

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