O selo artesanal serve como um reconhecimento de qualidade de produtos de procedência animal e vegetal para que possam ser comercializados de forma legal em Roraima. Segundo o gerente de inspeção de produtos de origem animal da Agência de Defesa Agropecuária (Aderr), Diego Costa, são 15 indústrias registradas com o selo atualmente, sendo 10 queijarias, uma produtora de mel, três de ovos e uma na categoria de aves.
Em vigor desde 2012, o profissional explicou que o selo tem como objetivo principal diminuir os requisitos que o serviço de inspeção traz para as indústrias e fazer com que ele seja mais acessível aos pequenos produtores e agricultores familiares. Por isso, o procedimento para obter a identificação é gratuito.
O gerente de inspeção da Aderr enfatiza que é necessário manter um nível mínimo de limpeza e estrutura. Conforme ele, o serviço de inspeção é um processo documental, estrutural e técnico. É necessário que o produtor apresente os documentos solicitados, tenha uma estrutura adequada e siga um comportamento apropriado na produção do produto.
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“O selo abrange quase todas as áreas. Na categoria de abatedouros, somente para aves. Laticínios enquadram queijarias e produtoras de iogurte. Além disso, atende as produtoras de mel, ovos caipiras e de codornas. Quanto à renovação do selo, é preciso fazê-lo após dois anos no setor artesanal. No industrial, a cada 12 meses”, disse.
Para aderir ao procedimento, o gerente afirmou que é preciso comparecer à Aderr, onde serão repassadas as orientações básicas para que o produtor obtenha a aprovação de inspeção. O selo artesanal está disponível a produtores atuantes no regime MEI e agricultores familiares.
O tempo para obter o selo depende do comprometimento e da vontade do produtor, ressalta o gerente, já que a empresa precisa ser aprovada em todas as etapas do procedimento. Porém, se tiver uma estrutura apropriada, com os documentos atualizados, é possível receber o selo em 30 dias.
“Essa acaba não sendo nossa realidade, porque muitos produtores não têm uma estrutura adequada. Às vezes, realizam as produções na cozinha de casa ou em um ambiente improvisado, o que a gente não aceita. Então, por isso, pode se tornar um processo demorado”, esclareceu.
A granja de Bernardo Faria, que fornece ovos para os mercados da capital, faz parte das 15 indústrias que aderiram ao selo artesanal da Aderr. Conforme o proprietário, que recebeu a identificação há cerca de três anos, é importante procurar esse tipo de serviço para passar mais segurança ao cliente, que consumirá o produto fornecido pela empresa.
“Uma das mudanças que tivemos que fazer para obter o selo foi medir o teor de cloro presente na nossa água para que, ao lavar os ovos caipiras, eles fiquem livres de patógenos. Então, quando embalamos, eles estão esterilizados e sem resíduos de fezes de galinha, por exemplo”, afirmou.
