Cotidiano

Justiça nega pedido para anular cassação de Jalser Renier

Ex-deputado também pedia o retorno à presidência da Assembleia Legislativa de Roraima. Defesa disse que não vai comentar publicamente o assunto

Justiça nega pedido para anular cassação de Jalser Renier Justiça nega pedido para anular cassação de Jalser Renier Justiça nega pedido para anular cassação de Jalser Renier Justiça nega pedido para anular cassação de Jalser Renier

O Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) rejeitou, por unanimidade, o mandado de segurança interposto pelo ex-deputado Jalser Renier que pedia a anulação do processo de cassação e o retorno à presidência da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). O julgamento foi realizado na manhã desta quarta-feira (28), no Plenário do Poder Judiciário. Procurada, a defesa do ex-parlamentar disse que não vai comentar publicamente o assunto.

No seu voto, a desembargadora Tânia Vasconcelos, relatora do caso, ressaltou que não há qualquer ilegalidade no processo de cassação e que foram seguidas todas as normas regimentais, respeitando os direitos constitucionais do ex-parlamentar no “devido processo legal, diante do contraditório e da ampla defesa”. Os demais desembargadores acompanharam o voto da relatora.


A desembargadora Tânia Vasconcelos durante a audiência desta quarta-feira (Foto: Eduardo Andrade/SupCom ALE-RR)

“O Tribunal de Justiça decidiu por delegar a segurança, dizendo que as alegações do impetrante deveriam ser na ação própria e não no mandado de segurança, por esse motivo não foi acatado o pedido do ex-deputado Jalser Renier”, destacou o procurador-geral do Legislativo, Paulo Hollanda, responsável pela defesa do Poder Legislativo com o procurador-geral adjunto, Sergio Mateus.

Conforme Sergio Mateus, os desembargadores confirmaram a decisão anterior do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o Judiciário não pode interferir em normas regimentais legislativas.

“O TJ entendeu que não poderia interferir no disciplinamento do Legislativo. A desembargadora Tânia enfatizou que não caberia ao Poder Judiciário análise e interpretação das normas regimentais. E o que se vislumbra no processo é que a Assembleia seguiu rigorosamente essas normas editadas pelo Poder Legislativo. A interferência do Judiciário feriria o próprio entendimento do Supremo”, explicou.

Em fevereiro, Jalser foi cassado pela acusação de omissão, ameaça a autoridades públicas e obstrução das investigações da apuração do sequestro e da tortura do jornalista Romano dos Anjos, crime pelo qual responde na Justiça pela acusação de ser o mandante. O ex-parlamentar está inelegível por oito anos.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.