A Rádio Folha FM 100.3 completa 22 anos nesta terça-feira (21), reafirmando seu compromisso com a credibilidade e o diálogo aberto com os ouvintes. Desde a primeira transmissão, a emissora conquistou espaço no cotidiano dos roraimenses, oferecendo informação de qualidade, música, entretenimento e, principalmente, microfones abertos para que a população tenha voz.
Lançada no ano de 2003, a rádio operava na frequência AM 102.0 e marcou a entrada do Grupo Folha no mercado de radiodifusão, se tornando a primeira e única rádio privada de alcance em todo o estado de Roraima. O presidente do Grupo Folha de Boa Vista e apresentador do programa dominical Agenda da Semana, Getúlio Cruz, recordou que apesar do desafios, o desejo era de toda a população roraimense pudesse escutar a emissora.
“Na época havia seriedade no Ministério das Comunicações e abrimos concorrência para concessão de rádio. Concorrermos e saímos vencedores nas três propostas: AM e FM em Boa Vista e AM em Bonfim. Optamos pela AM, porque tinha alcance maior e só existia a emissora do governo, que funcionava de forma precária”, contou.
“Percebemos que operar a AM era difícil, o som é muito chiado porque entra várias interferências na banda de propagação. Mas como ela se propaga pela superfície do solo, ela vai mais longe, nós percebemos que isso permitiria chegar a todo o estado como a gente previa e queria”, completou.
Após anos na Amplitude Modulada (AM), a rádio Folha migrou em 2018 para a Frequência Modulada (FM), saindo de 102.0 para 100.3. A migração também foi acompanhada de uma programação mais moderna, que hoje reúne 24 atrações entre jornalismo, entrevistas e programas musicais.
Laços com os ouvintes
A mudança também significou um reforço na identidade, mantendo o compromisso de oferecer conteúdo relevante para toda Roraima. A relação com os ouvintes é o que mais diferencia a Folha FM, como mostra a história da aposentada Maria Judith Lohmann, de 69 anos, moradora de Alto Alegre.
Gaúcha de nascimento, ela chegou ao estado há mais de quatro décadas e encontrou na Rádio Folha uma companhia diária.
“Me apaixonei pela Rádio Folha desde quando ela entrou no ar. Fiz amizade com os radialistas e conquistei muitas amizades através das ondas da rádio”, contou à reportagem.
Para ela, o vínculo ultrapassa a rotina da escuta: “Em 2007, quando perdi um filho, liguei para a rádio e o doutor Getúlio me atendeu muito bem. De lá pra cá nunca mais desliguei meu rádio. Sempre é a rádio Folha, não tem outra emissora para mim”, relembrou.
Dar voz é patrimônio
Por fim, o que une todas essas histórias é a possibilidade de dar voz aos ouvintes. Getúlio reforça que essa interação é um patrimônio da emissora.
“Isso é o que é mais gostoso da Rádio Folha, é a interação com os ouvintes. Eles nos contam notícias, comentam fatos, participam do programa. Temos ouvintes que viajam pelo interior do estado, registram acontecimentos, enviam fotos e vídeos, ligam para contar histórias. A gente vai dar sempre abertura para os ouvintes falarem. Isso para mim é um patrimônio que nós nunca vamos abrir mão”, disse.
Do noticiário Bom Dia 100.3 às manhãs sertanejas, passando pelo irreverente É Show, o tradicional programa de Getúlio Cruz e o animado Pagodear, a diversidade garante que cada ouvinte se sinta representado. A Rádio Folha FM 100.3 celebra, assim, não apenas sua trajetória, mas a construção de laços de amizade e confiança que atravessam gerações, consolidando-se como um espaço onde a informação, a música e a participação popular caminham lado a lado.