Vídeo foi compartilhado nas redes sociais. (Foto: Divulgação)
Vídeo foi compartilhado nas redes sociais. (Foto: Divulgação)

Após o afastamento do padre Joseph Mampia, anunciado pela Diocese de Roraima na última semana, fiéis de comunidades da região de Normandia gravaram vídeo em defesa do missionário e classificaram as denúncias que levaram à decisão como “caluniosas” e “injustas”.

Nos vídeos, compartilhados nas redes sociais, os fiés ressaltaram o trabalho pastoral do sacerdote em comunidades indígenas e rurais do interior do estado. O coordenador dos catequistas da região Raposa, Aníbal Dimas, afirmou que a denúncia teria motivação “invejosa” e que o padre é reconhecido pelo trabalho de evangelização junto aos jovens e crianças.

“Viemos repudiar as denúncias acontecidas agora, essa semana, ao padre Mampia. Uma denúncia caluniosa, de característica invejosa. Reconhecemos o trabalho dele nas nossas regiões, principalmente na evangelização de jovens e crianças. Ele tem feito um bom trabalho, com construção de escolas, postos de saúde e igrejas”, declarou Dimas, em nome da comunidade Sucuba.

Em outro momento, a moradora Norma da Silva, catequista da comunidade Jacarezinho, também lamentou o afastamento.

“O padre Mampia sempre ajudou as comunidades, levava os jovens até a paróquia de Normandia, organizava encontros, batizados, primeiras eucaristias. Fez um trabalho bonito e dedicado. Eu fico muito triste com esse afastamento”, afirmou.

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A Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, em Normandia, é uma das áreas de atuação do Instituto Missionário Consolata (IMC), ao qual o padre pertence. O religioso foi afastado de suas funções após a Diocese de Roraima solicitar esclarecimentos sobre o uso de recursos financeiros da paróquia.

O decreto de afastamento, assinado pelo bispo diocesano Dom Evaristo Pascoal Spengler e pela chanceler da cúria irmã Sofia Quintáns Bouzada, foi publicado no dia 6 de outubro. O documento determina que o missionário apresente um relatório detalhado sobre a movimentação financeira e fica impedido de exercer atividades administrativas ou celebrar sacramentos enquanto o processo estiver em análise.

Em nota anterior, o padre Joseph Mampia declarou que respeita as autoridades da Igreja e que prestará “esclarecimentos de forma transparente e ética”.