Vera Lucy, empreendedora da comunidade indígena Kauwê, em Pacaraima, se surpreendeu no AmazonTech 2025 com a venda de 668 jujubas de cupuaçu, feitas a partir da produção própria da roça da comunidade, e faturou mais de R$ 7 mil em apenas três dias de evento.
- Para entender mais da história de Vera, leia também: Empreendedora indígena transforma cupuaçu em jujuba: “investi menos de R$ 50 e hoje é minha maior fonte de renda”
Segundo ela, a experiência superou todas as expectativas. A empreendedora já participava de outros eventos, mas nunca havia registrado vendas tão expressivas em poucos dias. “Nunca faturei tanto em tão pouco tempo”, afirmou.
Vera conta que preparou 300 jujubas para o evento e deixou 100 em estoque, imaginando vender cerca de 100 unidades por dia. Mas a procura foi muito maior do que esperava. “Quando deu 18h do primeiro dia, já tinha acabado. Liguei para minha filha produzir mais e, mesmo assim, na terceira noite esgotamos tudo. Foi incrível”, contou.
A produção precisou ser intensificada durante a noite. Vera e a filha ficaram até depois das quatro da manhã preparando novas jujubas para atender os clientes. No total, durante os três dias, foram vendidas 668 unidades. “Eu não esperava de jeito nenhum que a gente pudesse ter vendido tudo isso, mais que superou a expectativa”, relatou.
O Amazontech acabou, mas a produção continua
A empreendedora conta ainda que o AmazonTech também abriu novas oportunidades de negócio. Além das vendas no evento, Vera já atende pontos em Boa Vista, como Collab Cruviana, Jardim Café e Macchiato Casa de Cafés, e recebeu pedidos de clientes de outras cidades, como Tepequém. Ela destacou que a demanda continua, com novos clientes entrando em contato constantemente e fazendo encomendas de até 150 pacotes por vez.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Os dias de evento acabaram, mas para mim continua, e eu estou vendo que não tem como parar. Foram muitos contatos, muitos clientes novos que a gente fez, e tudo está sendo maravilhoso. Não tenho mais palavras para agradecer tudo isso que está acontecendo, só Deus mesmo botando a mão em cima”, disse.
Apesar do sucesso, a empreendedora enfrenta limitações legais para vender fora de Roraima. A produção acontece dentro da comunidade indígena, e ela só possui autorização estadual. Para abrir uma filial em Boa Vista e ampliar as vendas, seria necessário migrar de MEI (Microempreendedor Individual) para ME (Microempresa), mantendo a produção na comunidade. “Ano que vem pretendo dar esse passo. Estou muito feliz com tudo que está acontecendo e vejo que meu sonho finalmente vai se realizar”, afirmou.
Como adquirir as jujubas
As vendas são feitas por WhatsApp (95) 98122-5063 e Instagram @yuprimavera.
