Você já tentou multiplicar a sua zamioculca e acabou com uma muda fraca, que não vinga ou demora meses para se desenvolver? A resposta para isso pode estar na escolha errada dos rizomas. Eles são o verdadeiro coração da planta, responsáveis por armazenar energia e garantir que a nova muda tenha força para crescer. Saber identificar quais rizomas são mais saudáveis pode ser a diferença entre um replantio frustrado e um vaso cheio de folhas brilhantes em pouco tempo.
Como multiplicar zamioculca do jeito certo
A zamioculca, ou Zamioculcas zamiifolia, é uma das queridinhas da decoração por sua aparência escultural, folhas verdes-escuras e brilho natural. Mas além da beleza, ela é uma das plantas mais fáceis de propagar — se você souber o truque dos rizomas. E é aí que mora o segredo da resistência: não é toda parte da planta que serve para multiplicação com sucesso.
A multiplicação pode ser feita por divisão de touceira ou por folhas, mas é a divisão de rizomas que garante resultados mais rápidos e plantas mais fortes. Isso porque o rizoma age como uma reserva de nutrientes, dando energia suficiente para o broto crescer mesmo em solo novo.
Como identificar rizomas saudáveis e fortes
Ao remover a zamioculca do vaso, o primeiro passo é observar a base da planta. Os rizomas têm formato arredondado, como pequenas batatas, e devem estar firmes, com coloração uniforme, geralmente em tons de amarelo claro a bege. Evite qualquer rizoma que esteja mole, com manchas escuras, cheiro forte ou sinais de apodrecimento.
Outra dica importante é priorizar rizomas que já tenham brotações visíveis ou pequenas raízes se formando. Eles têm mais chances de enraizar rapidamente e produzir folhas novas com facilidade. Se possível, escolha rizomas que vieram de plantas adultas e bem cuidadas, que já estejam adaptadas ao ambiente.
Cuidados no corte e na separação da planta-mãe
Ao separar o rizoma da planta-mãe, use uma faca limpa e afiada. É fundamental esterilizar a lâmina com álcool 70% antes de cada corte para evitar a contaminação fúngica. Corte sempre de forma que o rizoma fique com pelo menos uma brotação ou ponto de crescimento. Depois do corte, deixe o rizoma “descansar” por 24 horas à sombra, para que a ferida cicatrize.
Esse processo evita o apodrecimento quando ele for plantado. Alguns cultivadores ainda polvilham canela em pó ou carvão vegetal moído na área cortada para agir como cicatrizante natural.
Qual substrato usar na nova muda de zamioculca
O substrato ideal para multiplicar zamioculca precisa ser leve, bem drenado e rico em matéria orgânica. Uma boa fórmula é misturar:
- 1 parte de terra vegetal
- 1 parte de areia grossa ou perlita
- 1 parte de húmus de minhoca ou composto orgânico
Evite substratos muito compactos ou encharcados. A zamioculca é sensível ao excesso de água, especialmente na fase inicial do enraizamento. Certifique-se de que o vaso tenha boa drenagem e nunca deixe água acumulada no pratinho.
Onde posicionar as novas mudas no ambiente
Apesar de tolerar sombra, a zamioculca responde melhor ao crescimento quando recebe luz indireta e difusa. Evite sol direto, especialmente nas primeiras semanas após o plantio. Um local com claridade, como próximo a uma janela coberta por cortina, é o ideal para que os rizomas germinem e as folhas comecem a surgir.
A temperatura também influencia: mantenha as mudas em ambiente com clima entre 20 °C e 28 °C, evitando choques térmicos. Em cerca de 4 a 6 semanas, os primeiros sinais de brotação devem aparecer.
Erro comum: excesso de água nas novas mudas
Um dos erros mais comuns ao propagar zamioculcas é regar demais. Como o rizoma já armazena água e nutrientes, ele não precisa de irrigação frequente no início. Molhe apenas quando o solo estiver seco ao toque — geralmente a cada 7 ou 10 dias. Se o ambiente for muito úmido, o intervalo pode ser ainda maior.
Outra dica valiosa: durante o primeiro mês, evite fertilizantes. O excesso de nutrientes pode forçar um crescimento que a planta ainda não está pronta para sustentar.
Por que investir na multiplicação caseira da zamioculca
Além de ser uma forma econômica de ter mais plantas em casa ou até presentear amigos, multiplicar zamioculcas é uma maneira de manter viva a energia da planta original. Muitos cultivadores relatam que as mudas feitas em casa crescem mais rápido e se adaptam melhor ao ambiente, já que compartilham da mesma “memória” biológica da planta-mãe.
E mais: com o tempo, você pode montar verdadeiras coleções ou mesmo usar as mudas para decoração de diferentes cômodos. A zamioculca, por ser resistente e tolerante a pouca luz, é perfeita para salas, banheiros, escritórios e até corredores internos.
Nada como entender a lógica da planta para que ela retribua com beleza duradoura.