Refugiados e migrantes que vivem no Brasil podem acessar linhas de microcrédito voltadas exclusivamente a pequenos empreendimentos liderados por pessoas em situação de refúgio. A iniciativa é conduzida pela Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (ABCRED), em parceria com o ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados.
Os financiamentos são operados por instituições associadas à ABCRED, como o Banco Pérola e o Crédito Solidário, e estão disponíveis em diferentes regiões do país. Além do crédito, os programas oferecem orientação financeira, capacitação e acompanhamento individualizado, com foco na inclusão produtiva e na autonomia econômica.
Segundo a ABCRED, já foram realizadas mais de 800 operações de crédito, totalizando cerca de R$ 1,8 milhão em recursos destinados a pequenos negócios iniciados por refugiados no Brasil. As condições são adaptadas à realidade dos empreendedores e buscam facilitar o acesso ao financiamento por meio de processos simplificados e atendimento humanizado.
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Apesar da disponibilidade, parte da população ainda desconhece que essas opções existem. “Muitos refugiados não sabem que há instituições confiáveis no Brasil oferecendo crédito com condições justas”, afirma Fábio Maschio, representante da ABCRED. A divulgação, segundo ele, é um dos principais desafios.
O ACNUR atua como parceiro institucional e tem colaborado na aproximação entre os empreendedores e as instituições financeiras, contribuindo para ampliar o alcance da iniciativa.
A proposta integra ações de integração socioeconômica e se conecta a estratégias de fortalecimento da economia local por meio do empreendedorismo. Os interessados podem buscar informações diretamente com o Banco Pérola, o Crédito Solidário ou com os escritórios do ACNUR e instituições parceiras em seus estados.