Quando se fala em saúde, raramente pensamos na disposição dos móveis ou na cor das paredes da nossa casa. Mas uma nova tendência no campo da arquitetura e da psicologia ambiental mostra que o design de interiores pode ter um papel importante no equilíbrio emocional, na redução do estresse e até na prevenção de sintomas de ansiedade.
Estudos internacionais revelam que a forma como organizamos e decoramos os espaços impacta diretamente a forma como nos sentimos, pensamos e nos comportamos. E isso se tornou ainda mais evidente em tempos de home office e rotinas intensas dentro de casa, onde o ambiente deixou de ser apenas um lugar para dormir e passou a abrigar trabalho, descanso, lazer e autocuidado.
E mais do que uma tendência estética, trata-se de uma mudança de mentalidade: um lar saudável começa com escolhas conscientes que favorecem o corpo e a mente. Confira agora quatro dicas para organizar a casa com propósito e priorizando seu bem estar.
1 – Estímulos que fazem bem ao cérebro
Uma das estratégias mais eficazes, segundo especialistas, é criar cantinhos específicos para atividades que estimulam o cérebro e promovem relaxamento. Pode ser uma poltrona confortável para leitura, uma pequena estante com livros inspiradores, ou um espaço com colchonetes e plantas para a prática de yoga e meditação.
Esses ambientes funcionam como pontos de “descompressão” e sinalizam ao cérebro que é hora de desacelerar. Em casas com crianças ou adolescentes, os estímulos cognitivos também contribuem para melhorar a atenção, reduzir o uso excessivo de telas e desenvolver hábitos saudáveis de descanso e foco.
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2 – Organização e minimalismo reduzem a ansiedade
Outro ponto essencial é a organização dos espaços. Ambientes desorganizados, com excesso de objetos e visual poluído, tendem a gerar sensação de descontrole e aumentar os níveis de estresse. Ao contrário, casas com layout funcional, móveis bem distribuídos e itens visuais bem escolhidos favorecem a concentração, o sono e o bem-estar geral.
Investir em cores suaves, como tons pastel, branco, bege e verde-claro, também ajuda a criar um clima de paz. Esses tons estimulam o sistema nervoso parassimpático, responsável por funções como a digestão, o relaxamento e o sono reparador.
3 – Conforto sensorial importa
Texturas macias, boa iluminação natural, cortinas que bloqueiam o excesso de luz à noite e até aromas agradáveis podem contribuir para a sensação de conforto. Tapetes, almofadas, mantas e luminárias de luz quente são elementos simples que criam uma atmosfera acolhedora e auxiliam na regulação emocional.
Plantas de interior também são aliadas importantes. Além de embelezarem os ambientes, contribuem para a purificação do ar e trazem a natureza para dentro de casa, o que ajuda a reduzir o estresse e melhora o humor.
4 – Design com propósito
Não é preciso grandes reformas ou investimentos altos. O segredo está em olhar para sua casa com atenção e propósito, identificando o que pode ser adaptado para tornar o dia a dia mais leve. Seja na escolha dos móveis, na disposição dos objetos ou na criação de pequenos refúgios dentro do lar, o design pode e deve ser usado como ferramenta de cuidado pessoal.