SAÚDE

Anvisa alerta sobre riscos de alisantes capilares com substâncias proibidas

Órgão destaca perigos do formol e ácido glioxílico em produtos para cabelo; uso irregular pode danos irreversíveis

Foto: Daniel Iglesias
Foto: Daniel Iglesias

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta segunda-feira (7) o Informe de Segurança GGMON 03/2025, com alertas sobre os riscos do uso de alisantes capilares que contenham substâncias proibidas, como formol (formaldeído) e ácido glioxílico. O documento reforça que esses componentes, quando utilizados de forma irregular, podem provocar desde irritações na pele e couro cabeludo até problemas respiratórios e danos permanentes aos fios.

Substâncias proibidas e seus riscos

A Anvisa esclarece que o formol só é permitido em cosméticos brasileiros em duas situações:

  • Como conservante (em concentração máxima de 0,2%);
  • Como endurecedor de unhas (até 5%).

Seu uso como alisante é expressamente proibido, pois pode causar queimaduras, alergias graves e até intoxicações. Já o ácido glioxílico, igualmente banido para alisamento, torna-se ainda mais perigoso quando aquecido, especialmente em procedimentos combinados (como descoloração), podendo levar à queda definitiva dos cabelos.

Orientações para consumidores e profissionais

O informe traz recomendações específicas:

Para consumidores:

  • Verifiquem no rótulo se o produto tem registro na Anvisa;
  • Evitem itens sem identificação ou com promessas milagrosas (como “alisamento 100% definitivo”);
  • Suspenda o uso imediatamente em caso de coceira, ardência ou dificuldade para respirar.

Para salões de beleza:

  • Usem apenas produtos regularizados;
  • Recusem substâncias proibidas, mesmo sob demanda de clientes;
  • Mantenham o ambiente ventilado e utilizem equipamentos de proteção individual (luvas, máscaras).

Infração sanitária e penalidades

A adição de formol a cosméticos é classificada como infração sanitária grave e pode ser enquadrada como crime hediondo (artigo 273 do Código Penal), com penas que incluem multas e até reclusão.

Como denunciar irregularidades

A Anvisa reforça a importância da cosmetovigilância (monitoramento pós-comercialização) e disponibiliza canais para notificações:

Informe de Segurança GGMON 03/2025 está disponível na íntegra no portal da Anvisa.

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