IMPOSTO DO PIX

A volta da CPMF? Governo estuda nova taxa digital e gera reação nas redes

Termos como "nova CPMF", "imposto do Pix" e "#VoltaDaCPMFNão" dominaram os trending topic

Caso avance, a nova taxa pode representar um custo adicional nas operações do dia a dia, como transferências via Pix, pagamentos digitais e movimentações entre contas (Foto: Reprodução Sora)
Caso avance, a nova taxa pode representar um custo adicional nas operações do dia a dia, como transferências via Pix, pagamentos digitais e movimentações entre contas (Foto: Reprodução Sora)

O debate sobre uma possível nova taxa sobre transações digitais voltou à pauta do governo federal e já provoca forte repercussão nas redes sociais. A proposta está sendo discutida internamente no Ministério da Fazenda como uma alternativa para aumentar a arrecadação diante dos desafios fiscais previstos para 2025.

Apesar de o governo evitar comparações, a ideia remete diretamente à antiga CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), extinta em 2007 após intensa oposição popular e parlamentar.

Como funcionaria a nova taxa?

A proposta em avaliação prevê a cobrança de um percentual pequeno, entre 0,10% e 0,20%, sobre transações financeiras realizadas em meios digitais — como Pix, TED, DOC e carteiras digitais. O modelo buscaria alcançar uma base ampla de movimentações, compensando isenções e desonerações em outras áreas da economia.
A nova taxa seria implementada com o argumento de simplificação e modernização do sistema tributário, evitando aumentos nos impostos diretos, como o Imposto de Renda. No entanto, especialistas alertam para o risco de impacto regressivo, ou seja, afetando proporcionalmente mais os contribuintes de renda mais baixa.


Repercussão nas redes

Assim que surgiram informações sobre a possível criação da taxa, a reação nas redes sociais foi imediata. Termos como “nova CPMF”, “imposto do Pix” e “#VoltaDaCPMFNão” dominaram os trending topics, com milhares de postagens criticando a proposta.

A percepção de que a medida pode penalizar os pequenos usuários e microempreendedores tem alimentado o debate, especialmente em plataformas como X (antigo Twitter), Instagram e TikTok.

Cenário político

No Congresso Nacional, o tema ainda não chegou oficialmente, mas já é motivo de preocupação entre parlamentares. A criação de um novo tributo, mesmo com alíquota baixa, enfrenta resistência natural por parte de setores mais liberais e por parte da oposição.
Ao mesmo tempo, a base do governo também mostra cautela, já que o desgaste político pode ser grande, principalmente em um ano pré-eleitoral e em meio à segunda fase da reforma tributária.


Impacto no bolso

Caso avance, a nova taxa pode representar um custo adicional nas operações do dia a dia, como transferências via Pix, pagamentos digitais e movimentações entre contas. Mesmo com uma alíquota baixa, a incidência frequente pode gerar acúmulo, principalmente para quem realiza muitas transações de pequeno valor.
Esse possível efeito acumulativo é um dos principais pontos de crítica nas redes, onde muitos usuários já comparam a proposta à CPMF e manifestam desconfiança em relação ao compromisso do governo com a simplificação tributária.


O que esperar

A proposta ainda está em fase embrionária e depende de avaliação política antes de ser formalizada. No entanto, o simples fato de o tema estar sendo discutido dentro do governo já foi suficiente para gerar ruído e levantar uma onda de rejeição pública.
Nas próximas semanas, o Ministério da Fazenda deve apresentar seus próximos passos para o equilíbrio fiscal. A depender do ambiente político e da reação popular, a ideia da nova taxa digital pode ganhar força — ou ser rapidamente descartada.

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