
Neste 4 de maio, Dia Internacional do Bombeiro, a data é um reconhecimento ao compromisso diário de homens e mulheres que arriscam suas vidas para proteger a sociedade. Em Roraima, o Corpo de Bombeiros Militar (CBMRR) cumpre bem seu papel na sociedade e carrega histórias de superação e heroísmo.
Em 2024, foram realizados cerca de 11.800 atendimentos, abrangendo diversas frentes de atuação. Desse total, 3.700 foram ações de prevenção, 2.900 combates a incêndios, 2.100 salvamentos, 1.400 remoções de pessoas com trauma físico por acidentes, mil remoções por problemas clínicos e 100 ocorrências envolvendo produtos perigosos. Além disso, a corporação promoveu 600 atividades educacionais, voltadas à prevenção e conscientização da população.
No primeiro trimestre de 2025, o CBMRR realizou 1.750 atendimentos. Foram registrados 483 salvamentos, 460 ações de combate a incêndio, 314 remoções por traumas, 208 por problemas clínicos e 8 ocorrências com produtos perigosos, além de 222 atividades educacionais e 69 ações de prevenção. Em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram registrados 5.763 atendimentos, houve uma redução significativa.
Missão em apoio ao Rio Grande do Sul
Um dos marcos mais recentes da atuação do CBMRR foi a participação na Missão SOS Rio Grande do Sul, em maio de 2024. Quinze bombeiros de Roraima integraram a força-tarefa nacional para socorrer a população gaúcha diante de uma das maiores catástrofes climáticas do país. A equipe permaneceu no Sul por 37 dias, retornando ao estado apenas em junho.
Um ofício que é sacerdócio
Para o tenente-coronel Genival Martins Vasconcelos, a carreira no CBMRR vai muito além de um trabalho. “O ofício de ser bombeiro é um sacerdócio”, define ele, que atua há 24 anos na corporação. Começou como soldado e galgou todos os postos até chegar ao atual, como diretor de relações públicas.
“Quase 100% dos bombeiros têm uma satisfação muito grande no que fazem. Nossas atividades são para salvar vidas e proteger patrimônios. Estamos sempre presentes nas piores condições enfrentadas pela população”, relata.
Genival relembra, com emoção, uma das ocorrências mais marcantes da sua trajetória: o acidente com um ônibus da empresa Amatur, em agosto de 2008, na descida do rio Mucajaí, sentido Manaus–Boa Vista. O veículo transportava 42 pessoas, das quais sete morreram e pelo menos 22 ficaram feridas. “Ficamos naquela ocorrência até o meio-dia para resgatar todos, inclusive pessoas presas nas ferragens”, lembra. Entre as vítimas fatais estava a irmã de um bombeiro da corporação.
Antes de se tornar bombeiro, Genival sonhava em ser piloto da aeronáutica. Chegou a servir por três anos na Base Aérea, mas foi no CBMRR que encontrou sua verdadeira vocação. Especializado em resgate urbano e atendimento pré-hospitalar, hoje ele também atua como instrutor, repassando conhecimento a novas gerações de militares.
“Eu me sinto realizado profissionalmente, não só pelas conquistas, mas porque amo o que faço. E faço de coração aberto, praticamente 24 horas por dia, mesmo sem estar fardado”, afirma.