No último sábado (19), o Avellino, tradicional clube do sul da Itália, garantiu seu retorno à Série B do Campeonato Italiano. Apenas dois dias depois, o Vaticano anunciou a morte do Papa Francisco, aos 88 anos. O fato chamou atenção não apenas pelo contexto religioso, mas por mais uma vez coincidir com um acesso do clube — uma coincidência que se repete há quase sete décadas.
Coincidência Divina?
Desde 1958, toda vez que ocorre uma mudança no comando da Igreja Católica — seja por falecimento ou renúncia de um Papa — o Avellino troca de divisão. Foi assim com a morte do Papa Pio XII, quando o clube deixou o campeonato regional e chegou à Série C.
O Avellino, no entanto, enfrentou um período de instabilidade entre divisões durante cinco anos. Em junho de 1963, encerrou a temporada na última colocação da Série C e foi rebaixado. Poucos dias depois, em 9 de junho, faleceu o Papa João XXIII, o italiano Angelo Giuseppe Roncalli. A permanência na divisão inferior, no entanto, durou pouco: o clube conquistou o retorno à Série C já na temporada seguinte, 1963/64.
A coincidência se repetiu em 1978, ano das mortes de Paulo VI e João Paulo I, quando o Avellino subiu à elite do futebol italiano. Em 2005, com a morte de João Paulo II, o time voltou à Série B. E em 2013, ano da renúncia de Bento XVI, o clube foi campeão da Série C e garantiu novo acesso.
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Dessa vez, a coincidência chama ainda mais atenção pelo fato de o Papa Francisco ter recebido e autografado uma camisa do Avellino no início do ano. Em nota oficial, o clube lamentou a perda:
“O Avellino se une a todos os fiéis no luto pelo falecimento do Papa Francisco. Há alguns meses, o Papa abençoou e autografou a camisa do clube.”
O clube, fundado em 1912, vive atualmente um processo de reconstrução, e o acesso à Série B representa um importante passo esportivo e institucional. Já no Vaticano, tem início mais uma transição histórica com a convocação do conclave para a escolha do novo pontífice.
