
Guardas municipais de Pacaraima estariam enfrentando condições inadequadas de alojamento e trabalho. A informação foi enviada à FolhaBV por meio de uma denúncia anônima.


De acordo com o relato, apenas quatro beliches estão disponíveis na base da Guarda. Os demais agentes dormem no chão, utilizando colchões antigos, o que, segundo o denunciante, pode representar risco à saúde. A estrutura também apresentaria problemas no abastecimento de água, forçando os servidores a armazenar o recurso em baldes para higiene pessoal. A caixa d’água disponível no local não teria manutenção adequada, conforme informado.
Ainda segundo a denúncia, a base funciona ao lado de uma feira onde há comercialização de peixes. O local seria exposto a mau cheiro, presença de insetos e urubus, além da proximidade com um esgoto a céu aberto. O espaço é apontado como insalubre para o desempenho das atividades dos agentes.
O relato também cita a ausência de equipamentos de segurança e a insatisfação com a remuneração dos guardas municipais, considerada incompatível com as atribuições do cargo.
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A Folha procurou a Prefeitura de Pacaraima que rebateu os pontos apresentados na denúncia. Confira na íntegra:
A respeito da denúncia publicada pela Folha, que relata supostas condições precárias de trabalho enfrentadas pelos guardas municipais de Pacaraima, a Secretaria Municipal de Segurança e Ordem Pública (SEGOP) esclarece que não é verdadeira a informação de que os agentes estejam dormindo no chão ou sem acesso à água potável. Há colchões em quantidade suficiente para o uso rotineiro dos servidores, conforme o regime de escala (24h por 72h de folga), e o alojamento é destinado apenas para descanso temporário durante os plantões, e não para pernoite contínua.
A unidade é abastecida semanalmente com 120 litros de água mineral potável, destinados à hidratação e preparo de alimentos, e conta com uma estrutura funcional básica de apoio aos servidores.
Quanto à proximidade com a feira, é fato que a base da GCM está localizada ao lado de uma feira tradicional de comercialização de peixes. Contudo, a Prefeitura de Pacaraima mantém equipes permanentes de zeladoria, com limpeza diária da área e ações de conscientização junto a feirantes e comerciantes, o que tem gerado impacto positivo na higiene urbana e controle ambiental.
Sobre o abastecimento de água, é importante destacar que Pacaraima, de maneira geral, enfrenta dificuldades no fornecimento, especialmente durante períodos de estiagem. A base da GCM possui um poço artesiano de responsabilidade da CAERR, cuja bomba queimou recentemente. A CAERR já foi comunicada e se comprometeu com a substituição. Enquanto isso, uma caixa d’água de 2 mil litros foi instalada, sendo abastecida periodicamente por caminhão-pipa, garantindo o funcionamento da unidade.
Quanto à estrutura da guarda, temos avanços concretos já realizados nos primeiros três meses desta gestão:
• Formalização administrativa: Criação do CNPJ e conta bancária da SEGOP, permitindo acesso direto a recursos e convênios;
• POP – Procedimentos Operacionais Padrão: Criação de 10 normas que organizam e disciplinam o serviço da GCM;
• Limpeza e acessibilidade da base: Capina quinzenal e instalação de motor elétrico para acesso das viaturas em dias chuvosos;
• Reforço na frota: Processo de aquisição de duas viaturas blindadas em fase
final;