Cotidiano

Indígenas liberam servidores após negociação

Uma pequena parte dos trabalhadores foi liberada no fim da tarde desta terça-feira, 18, o restante deve chegar à capital nesta quarta-feira, 19

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Após negociação, indígenas da etnia Yanomami decidiram liberar os dezessete servidores da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) que estavam detidos desde o domingo, 16. Cerca de quatro deles já haviam sido liberados na terça-feira, 18, e o restante deve chegar à capital nesta quarta-feira, 19, até o fim da manhã.

A manifestação ocorreu em razão da morte de duas crianças indígenas no período de 10 dias. Os indígenas também exigem a saída do atual coordenador do Distrito Sanitário Yanomami (DSEI-Y), Rousicler de Jesus Oliveira.  

De acordo com Júnior Hakurari Yanomani, presidente da Hwenama Associação dos Povos Yanomami de Roraima, apesar da Sesai ter solicitado apoio da Polícia Federal (PF) e da Fundação Nacional do Índio (Funai) na negociação, o diálogo que resultou na liberação dos funcionários e de três aeronaves ocorreu somente por meio de um assessor do próprio distrito junto a representações indígenas da região.

“Nessa negociação, participaram a Hwenama, Sedume dó Yekuana, a Hutukara e um assessor do DSEI-Y. De autoridade federal, somente o Exército acompanhou todo o processo”, declarou.

Um documento com a demanda dos indígenas também foi encaminhado ao assessor do órgão. Além do pedido de exoneração de Rousicler Oliveira, as entidades pedem que o Governo Federal tome providências em relação à prestação de saúde na região de Surucucu, no município de Alto Alegre, Centro-Oeste do Estado.

“No documento, os indígenas pedem que o Governo ouça a reivindicação dos indígenas, pois a situação de saúde nas comunidades é muito grave”, completou.

A reportagem também entrou em contato com do DSEI-Y, que conformou entendimento junto aos indígenas para a liberação dos servidores. Ele também negou que haja negligência em ralação a prestação de serviços de saúde na região.

“Recebo os fatos com muita tranquilidade, até porque temos que verificar ponto a ponto o que de fato aconteceu. Dois óbitos aconteceram, as causas estão investigadas e não houve negligência, pois o pólo estava com equipe completa e com todos os equipamentos, medicamentos e material hospitalar necessário para o desenvolvimento das ações básicas de saúde”, completou.   

 

 

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