Reforma tributária

Empresários se preocupam com manutenção na Área de Livre Comércio

O texto atual da Reforma não cita a manutenção dos benefícios tributários de Roraima, Rondônia, Acre e Amapá.

Empresários se preocupam com manutenção na Área de Livre Comércio Empresários se preocupam com manutenção na Área de Livre Comércio Empresários se preocupam com manutenção na Área de Livre Comércio Empresários se preocupam com manutenção na Área de Livre Comércio
ALC's foram criadas para promover o desenvolvimento das cidades de fronteiras internacionais localizadas na Amazônia Ocidental para integrá-las ao restante do País. (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)
ALC's foram criadas para promover o desenvolvimento das cidades de fronteiras internacionais localizadas na Amazônia Ocidental para integrá-las ao restante do País. (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)

O comércio roraimense está preocupado com a Reforma Tributária. O foco dos empresários do setor está relacionado à um texto que não cita a manutenção dos benefícios tributários nas Áreas de Livre Comércio (ALC’s). O apontamento foi feito ontem (14), durante audiência pública sobre os impactos, perspectivas e desafios da temática.

De acordo com o auditor fiscal da Receita estadual, Kardec Jackson dos Santos, um dos textos mantém os benefícios da Zona Franca de Manaus. Já outro aponta a exclusão de todos os benefícios fiscais concedidos à alguns Estados, incluindo o roraimense. Por isso, o também assessor especial da Sefaz para assuntos de reforma tributária destacou que “se o texto não citar a manutenção dos benefícios tributários nas Áreas de Livre Comércio […] teremos impactos negativos em Roraima”.

O estado tem duas ALC’s: Boa Vista e Bonfim. Preocupado com essa mudança, o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac/IFPD, Ademir dos Santos, ressaltou a importância das áreas, além da necessidade de atenção política.

“As Áreas de Livre Comércio incentivam o empresário e a instalação de novas empresas no nosso Estado. Sabemos que a reforma é importante, mas precisamos olhar essas áreas de exceção, pedindo o apoio dos parlamentares para incluir no documento os benefícios fiscais. Se o texto da reforma for aprovado como está, vai deixar Roraima mais uma vez dependente exclusivamente de repasses federais”, disse o presidente.

As ALC’s, conforme o governo federal, foram criadas para promover o desenvolvimento das cidades de fronteiras internacionais localizadas na Amazônia Ocidental para integrá-las ao restante do País. Com isso, as cidades recebem benefícios fiscais semelhantes aos da Zona Franca de Manaus no aspecto comercial como: incentivos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).

Setor de Serviços

A Fecomércio também apontou que está preocupada com o segmento de Serviços por conta do aumento da carga tributária para o setor. O crescimento pode ser de mais de 70%.

“A Confederação Nacional do Comercio (CNC), defende que deve haver alíquotas diferenciadas não apenas para segmentos específicos – o proposto inicialmente é que haja distinção apenas para as áreas de saúde, educação e transporte público –, mas para todo o setor de Serviços. Para que não haja aumento da carga tributária para o setor, a CNC propõe uma alíquota máxima de 10,7% para o segmento de Serviços”, informou o sistema.

De acordo com o diretor de Economia e Inovação da CNC, Guilherme Mercês, a entidade entende que o sucesso da reforma tributária também depende da não cumulatividade plena, bem como crédito para empresas do Simples Nacional. “A CNC tem apresentando cálculos de impacto e propostas concretas, em frequentes reuniões com os Poderes Executivo e Legislativo. Também temos promovido momentos com os empresários para esclarecer o tema, como este evento que realizamos hoje”, disse Mercês.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.