Em razão das confraternizações de trabalho, festas de Natal e Ano Novo, o final do ano costuma ser a época em que o comércio de fogos de artifício mais lucra. Contudo, até o momento, a procura pelos fogos está cerca de 30% menor do que no mesmo período de 2015. Diante da realidade, o empresário Alexandre Gonzaga está apostando na cultura da queima de fogos, realizada anualmente à meia-noite do dia 1º de janeiro.
Proprietário de uma loja especializada em fogos, Gonzaga disse que para este ano trouxe plano de fogos prontos, em que o boa-vistense pode ter, em casa, uma mini representação da queima de fogos no Parque Anauá. Os preços destes fogos variam de R$ 100,00 a cinco mil reais, de acordo com a intensidade, já que o produto é vendido por tonelada, e não por tempo. Por não ser mensurável, 77% do valor dos fogos são referentes a impostos. “É mais para hobby de quem gosta, eu tenho até habilitação e curso”, disse.
Conforme relato, mesmo que cada venda tenha sua própria dimensão e valor, Gonzaga tem a responsabilidade de explicar como manusear o produto em casa, bem como o material utilizado na criação. Ele explicou que a composição de um fogo de artifício é à base de nitrato de potássio, conhecida como pérola negra. Junto aos derivados, como nitrato de bário e nitrato de cobre, passam a dar vez a outras cores.
O produto é classificado em quatro classes: A, B C e D. O classe A, de estampidos como estalo de salão e traque, é destinado a crianças a partir de sete anos. O classe B é referente aos fogos sem flecha de assobio ou lágrima, direcionados a crianças de 12 anos, com a supervisão de adultos. Fogos de classe C são para adultos e são identificados como morteiros ou girândolas de até quatro polegadas de estampido.
Apesar das três primeiras classes serem as únicas permitidas para o consumidor, a classe D é utilizada para uso profissional. Trata-se de peças pirotécnicas, presas em armações especiais usadas em espetáculos. A queima de fogos que acontece no Parque Anauá é um exemplo da classe D, que só pode ser trabalhada junto a profissionais da área. O empresário frisou que é importante não liberar o uso para crianças sem supervisão de adulto.
CUIDADOS – Os órgãos de segurança sugerem que a população só adquira fogos de artifícios em locais autorizados para comercialização dos produtos, acompanhe e oriente os filhos na compra e no momento de utilização do artefato, bem como nas proximidades de fogueiras, que mantenha caixas de fósforos e/ou isqueiros em locais fora do alcance das crianças, que não acenda bombas na mão, utilizando uma base segura para acender com segurança, não colocar o artefato em bolsos e, no caso de queimaduras, procurar aliviar a dor imergindo a parte afetada em água potável e, se necessário, procurar imediatamente auxílio médico. (A.G.G)