O I Seminário Estadual de Direitos Humanos e Políticas Públicas – “Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”, realizado hoje no auditório da Setrabes, destacou soluções para a relevância do tema proposto.
Foi realizado um balanço da política voltada a mulher, observado avanços e novos desafios, destacando contextos, formas e impactos da violência.
Participaram do debate representantes da Delegacia da Mulher (Deam), Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, Omir (Organização das Mulheres Indígenas de Roraima) e Numur (Núcleo de Mulheres de Roraima).
A delegada titular da Delegacia da Mulher, Maria Aparecida Fernandes Tavares, pontuou a relação das principais ocorrências registradas na Deam em 2015 em 2016: a ocorrência com mais registros é a de ameaça, seguida de lesão corporal, injúria, dano material e estupro (nesta ordem).
A delegada também ressaltou que no período de março a dezembro de 2015 foram expedidas 175 medidas protetivas e de janeiro a novembro de 2016, 338.
“Não existe classe social para a violência doméstica. Por isso, o que precisamos é de mecanismos que evitem a fase de explosão e da violência física. Para isso, a mulher precisa se fortalecer para vencer esses vínculos afetivos”, reforçou.
Uma das ações implementadas em Roraima é a Sala Lilás, que funciona 24 horas no IML (Instituto Médico Legal) para atendimento humanizado e garantindo privacidade às mulheres vítimas de violência.
A diretora do Instituto, Marcela Campelo, apresentou dados sobre as mulheres vítimas de violência, incluindo a violência doméstica no Estado. A diretora pontuou que a maioria possui entre 18 e 35 anos, com prevalência de donas de casa e estudantes, sendo Senador Hélio Campos o bairro o maior número de ocorrências.
Com informações da Secom-RR