O narcotraficante colombiano Marcos de Jesús Figueroa García, de 47 anos, vulgo “Marquitos Figueroa”, deixou Boa Vista ontem, pela manhã, e foi levado a São Paulo. Ele viajou em um voo da Polícia Federal. Além de chefe da maior quadrilha de traficantes caribenhos, Marquitos é também apontado pelo governo colombiano como o autor de, pelo menos, 250 homicídios naquele país.
Agentes e delegados da PF, com apoio de policiais colombianos, montaram, ontem, pela manhã, um forte esquema de segurança para levar o narcotraficante da Superintendência da Polícia Federal, zona Sul, ao Aeroporto Internacional de Boa Vista, zona Norte da Capital.
Jornais colombianos noticiaram que Marquitos é o principal líder do narcotráfico na Colômbia e o cabeça de uma quadrilha que atua principalmente na fronteira do país com a Venezuela. O narcotraficante era tão perigoso que o governo colombiano colocou sua cabeça a prêmio, pagando recompensa de 350 milhões de pesos para quem o capturasse.
Segundo investigações da PF, Marquitos morava há três meses em Boa Vista em uma casa no bairro Caçari, zona Leste. A Polícia Federal em São Paulo também já vinha investigando os passos e ações do narcotraficante. Ele era um dos responsáveis, segundo investigações, pela entrada de cocaína e pasta base no Brasil pela fronteira com a Venezuela, ao Norte de Roraima.
OUTRO CASO – Em 2007, policiais federais, com apoio dos agentes da Interpol, prenderam, em São Paulo, o megatraficante Juan Carlos Ramirez Abadia. Ele também andava por Boa Vista e, conforme as investigações, o megatraficante chegou a pernoitar em Boa Vista na casa de uma autoridade.
O colombiano foi extraditado para um presídio de segurança máxima nos Estados Unidos. Ele chegou a ser considerado, pelo FBI (Polícia Federal norte-americana), como o segundo homem mais perigoso do mundo depois de Osama Bin Laden. É acusado de mais de trezentos assassinatos na América Latina e cerca de quinze nos Estados Unidos.
Em apenas três meses, Abadia enviou aos Estados Unidos mais de 30 toneladas de cocaína. Conforme o governo americano, o megatraficante movimentou mais de um bilhão de dólares em dez anos. (AJ)
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